Com mais de 600 mortos, buscas na Região Serrana entram no 6º dia

Número de mortos subiu para 630, segundo as prefeituras. O número de desabrigados e desalojados na região passa de 13 mil.

O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do RJ chegou a 630, segundo as prefeituras.
Pelos últimos levantamentos dos municípios, são 286 mortos em Nova Friburgo, 267 em Teresópolis, 56 em Petrópolis,19 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto. A maioria dos corpos já foi sepultada.
Em Teresópolis, a prefeitura informou que a Central de Cadastro de Desaparecidos recebeu a reclamação de que 88 pessoas estariam desaparecidas. Em Petrópolis, há 36 desaparecidos, segundo a prefeitura. Em Sumidouro, há outros cinco. Já em Nova Friburgo, a prefeitura informou que não há levantamento sobre desaparecidos.
Já a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informou que o número de mortos é 631, sendo 287 em Nova Friburgo, 269 em Teresópolis, 56 em Petrópolis e 19 em Sumidouro. O número de desabrigados e desalojados chega a 13.830, segundo o governo do estado.

Segundo a Polícia Civil, 625 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 284 em Teresópolis, 263 em Nova Friburgo, 55 em Petrópolis, 19 em Sumidouro e 4 em São José do Vale do Rio Preto.

O governador Sérgio Cabral decretou estado de calamidade pública em sete cidades: Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, comerciantes que se aproveitarem da tragédia para aumentar de maneira abusiva os preços de produtos nas áreas afetadas serão levados para a delegacia. Na capital do estado, os preços de verduras e legumes dispararam.

Buscas em regiões isoladas

Bombeiros, técnicos da Defesa Civil, militares e voluntários entram neste domingo (16) no 5º dia de buscas por corpos e moradores que ainda estão em regiões isoladas.

Uma equipe equipe da Aeronáutica seguiu de helicóptero para a localidade de Brejal, onde cerca de 80 pessoas estão ilhadas. Outra equipe trabalhava na busca por pelo menos três corpos soterrados na localidade. Em Itaipava, os trabalhos estão concentrados principalmente no Vale do Cuiabá, local mais atingido pelas chuvas.

Nesta segunda-feira (17), começa a funcionar o hospital de campanha montado no Centro de Exposições de Itaipava.

Os municípios da Região Serrana continuam com serviços de água e luz precários.

Maior tragédia da história
Esta já é a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Relembre outras tragédias

Do G1 RJ

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