Ex-policial civil comanda da cadeia tráfico no Morro do Zé Bombom

O delegado Jefferson Portela, titular do 10º Distrito Policial, no Bom Jesus (área do Coroadinho, em São Luís), afirmou que o ex-policial civil Herculano dos Santos, que está preso em Pedrinhas desde fevereiro deste ano, é o “dono” da maior área de tráfico de drogas no Morro do Zé Bombom.
O morro foi ocupado pelas polícias Civil e Militar na tarde de segunda-feira (10), numa reação à guerra entre traficantes, que deixou duas pessoas mortas no domingo (9).
Foto: G. Ferreira
Polícia ocupou o Morro do Zé Bombom na segunda-feira
De acordo com Jefferson Portela, Herculano é pai de Arthur Mota dos Santos, o “Bonzinho”, e Aurélio Mota dos Santos. Os dois, juntamente com um traficante identificado como Diego, teriam assumido o comando do comércio de drogas no Zé Bombom, após a detenção de Herculano, mas deixaram o grupo do ex-policial “rachar”.
Arthur dos Santos, o ‘Bonzinho’, ainda não foi preso
Formou-se assim o bando liderado por Hugo Roberto Ribeiro Franco, o “Olhão”, de 22 anos, que no domingo (9) tentou “tomar a boca” do grupo rival. “Olhão” levou a pior, sendo assassinado por Diego, com um tiro no peito.
Em represália, comparsas de “Olhão” – entre eles, os traficantes “Tim”, “Maninho”, “Tróia”, Mauro e Flávio – saíram, ainda no domingo, atirando a esmo pelas ruas do morro.
A comerciante Maria das Dores Costa Mota, 53 – que teria parentesco com Herculano, “Bonzinho” e Aurélio – foi atingida com um tiro no rosto e morreu. Moradores afirmam que o autor do disparo foi “Tim”. A casa do traficante foi incendiada logo após a morte da comerciante.
Na terça-feira (11), moradores do morro, liderados pela filha de Maria das Dores, Crislene Costa Mota, 19, fizeram uma manifestação exibindo cartazes que responsabilizavam os integrantes do grupo de “Olhão” pela morte da comerciante. Num dos cartazes foi escrito: “Herculano é inocente”.
Ontem (12), no terceiro dia de ocupação do Morro do Zé Bombom, policiais militares monitoravam o trânsito de pessoas no local e a situação era de aparente tranquilidade. Até agora, nenhum dos envolvidos na guerra do tráfico no último fim de semana foi preso.
POR OSWALDO VIVIANI

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