Uma Santos dos Últimos Dias no Congresso Nacional Brasileiro: Romanna Remor, 1 Deputada Federal SUD no Brasil


Do alto de seus 1,63 metros, a deputada catarinense Romanna Remor (PMDB) garante que não é apenas mais um entre os tão escassos rostinhos bonitos que perambulam pelos corredores do Congresso. “Nem sou muito vaidosa. Estou aqui porque sou qualificada para o cargo”. Mesmo assim, ela não conseguiu evitar que seus correligionários a batizassem com a alcunha de “musa da Câmara”. O título, segundo eles, é inspirado somente em seus atributos eleitorais. Neófita na Câmara dos Deputados, ela assumiu uma vaga na Casa como suplente de um conterrâneo que se licenciou, no dia 8 de novembro. Desde então, tem desviado a atenção de congressistas, que, até então, só pensavam na… DRU. Formada em relações internacionais pela Brigham Young University, nos Estados Unidos, Remor especializou-se em administração pública e foi vereadora de sua cidade natal, Criciúma. Por lá, notabilizou-se na luta para dar mais transparência às decisões dos administradores locais e por dirigir um Fusca rosa choque durante as eleições do ano passado. Agora, no Distrito Federal, pretende dedicar-se às mesmas batalhas: a da transparência e a da integração entre os órgãos, como faz questão de ressaltar. Já o Fusquinha permanecerá em Santa Catarina. Simpática e bem disposta, Remor também afirma que seu principal desafio será conciliar as atividades legislativas com as atribuições maternas. Mãe da pequena Martina, de cinco anos, ela deu a seguinte entrevista à coluna:
A BELA E AS FERAS: A deputada Romanna Remor (PMDB-SC) pretende dar mais transparência ao Congresso. Será preciso combinar com seus correligionários
Como foram suas primeiras semanas de trabalho na Câmara?
Aqui há muito para se fazer. Percebi que quem quiser trabalhar muito vem pra cá pela manhã bem cedo e sai bem tarde. Mas também quem quiser ficar tranquilo dá as caras e vai embora.

E qual vai ser o seu estilo: ficar tranquila ou sair tarde?
Trabalho em ritmo acelerado, no bom sentido. Vou atuar com o mesmo foco dos meus tempos de vereadora e me manter voltada para dar mais transparência aos atos públicos e pela interação entre os órgãos de controle.

Como deve ser a interação com outros órgãos?
Na minha pouca experiência pude ver que quanto mais os órgãos de fiscalização atuam, melhor trabalha o governo. Por isso, já conversei com representantes do ministério público e da Controladoria Geral da União (CGU), que são especializados em identificar problemas. As irregularidades que eles apuram demoram muito tempo para chegar ao nosso conhecimento e acabam sendo executadas repetidas vezes antes de serem corrigidas. Na Câmara podemos atuar juntos para evitar essa perpetuação de irregularidades. A presidente, pelo que me parece, também quer que esses órgãos sejam mais eficazes.

Vocês já conversaram sobre isso?
Pessoalmente, não. Mas meu primeiro ato oficial no Palácio foi justamente uma celebração da transparência, quando a presidente aprovou a Comissão da Verdade e a lei de acesso aos documentos públicos. Nessas situações, vou muito pelo meu coração, e senti sinceridade nas palavras da presidente. Ela também deseja transparência.

Pode-se dizer, então, que as duas palavras que resumirão sua legislatura são intereção e transparência?
Claro, diria que sim.
Você pretende trocar o salto alto por um par de tênis por causa da correria aí na Câmara? 
Estou pensando seriamente. Mas vou encontrar alguma solução. Já me disseram que a Roseana Sarney(atual governadora do Maranhão pelo PMDB) tinha adotado nos tempos dela por aqui um tipo de sapato que não era tão informal quanto um tênis, mas que era bem confortável.

Por falar nisso, quais são suas referências na política do bem se vestir no Congresso?
Acho ministra Gleisi muito elegante. A presidente Dilma também tem feito escolhas muito bem acertadas. Mas sabe que não ligo muito pra isso, não? Sou muito desleixada. Acordo e visto a primeira coisa que tiro do armário.
Mas, deputada, já tem gente na Câmara que lhe chama por musa.
Olha, isso para mim não é relevante. Não sou musa da Câmara.

É um problema ser reconhecida dessa maneira?
Não, não acho um problema. Mas também não fico feliz. Levo no bom humor para não me incomodar. Mas espero ser reconhecida por outros feitos.

Já fizeram algum tipo de piadinha ou insinuação de mau gosto por aí?
Ainda não. Algumas pessoas dizem que minha aparência é bem mais jovem do que minha própria idade (ela tem 36 anos). Quando chego em um lugar da Câmara, começo a interagir, faço alguma solicitação e as pessoas ficam surpresas ao perceberem que sou deputada. Não sei de fato o que elas pensam, mas parece que não esperam que alguém com minha aparência mais jovem e feminina exerça um cargo público. Simplesmente é algo que não está na expectativa comum das pessoas em geral.

Durante sua campanha, você se notabilizou por dirigir um Fusquinha cor de rosa. Ele será seu veículo no Distrito Federal?
Ele não chega até aqui, não. Durante a campanha, me deixou na mão várias vezes quando ia de uma cidade para outra. Vou deixá-lo lá por Santa Catarina mesmo.

Fonte: Coluna.epoca.globo.com

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