“Nós tivemos a oportunidade de ouvir em torno de 80 pessoas, entre políticos, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, ex-prefeitos, mas principalmente pessoas da população, que tiveram a oportunidade de manifestar para os deputados presentes a situação caótica que vive o Maranhão”, afirmou Tavares.
De acordo com o parlamentar do PSB, que acompanhou todas as audiências, as pessoas reclamavam da falta de estradas, de educação, de saúde e de segurança pública. “Todas apontavam a falta de governo: nunca vi uma unanimidade tão cristalina, todas as pessoas criticando a falta de governo”, revelou.
Marcelo disse esperar que deputado Raimundo Cutrim (DEM), que é o relator da comissão, “seja de fato tradutor da insatisfação da população”. “Espero que seja colocado no relatório não só os problemas da região, mas também os crimes que estão sendo cometidos com o dinheiro público pelo Maranhão, como a questão dos hospitais”, disparou, ao relatar que os deputados passaram pela Rodovia João Evangelista (MA-014), do lado de esqueleto de hospitais abandonados.
“O dinheiro que deixou de ser aplicado na obra foi depositado na conta de campanha do partido da governadora; R$ 300 mil que podiam terminar o hospital de Matinha”, contou. “Tive a oportunidade de falar isso para toda a população presente: olhe como a população maranhense tem sofrido nas mãos de um governo tão incompetente e que é desonesto com esperança do nosso povo”, finalizou Tavares.
Doação de R$ 300 mil para o PMDB de Roseana
No dia 17 de maio, Marcelo Tavares munido de documentos, fez um pronunciamento apontando uma série de irregularidades na execução do Programa Saúde é Vida, executado pela gestão da governadora Roseana Sarney.
O deputado citou, como exemplo, a empresa JNS Canaã Construções e Paisagismo Ltda, contratada por mais de R$ 20 milhões para construir hospitais em Apicum-Açu, Araguanã, Bacurituba, Cajari, Governador Newton Belo, Matinha, Palmeirândia, Porto Rico do Maranhão, Presidente Sarney, Serrano do Maranhão e Zé doca.
Segundo Marcelo Tavares, a empresa recebeu quase R$ 10 milhões do governo Roseana para a construção dos hospitais, mas os serviços foram abandonados ainda no ano passado, onde os funcionários que trabalhavam nas obras ficaram sem receber os últimos vencimentos.
Marcelo mostrou que a mesma JNS Canaã Construções e Paisagismo, que no final de julho de 2010 recebeu cerca de R$ 6 milhões do Estado para construir os hospitais, fez no dia 3 de agosto de 2010 (dois meses antes da eleição) uma transferência de R$ 300 mil para o comitê financeiro único do PMDB, partido da então candidata ao governo Roseana Sarney.
“Parece-me que a empresa faliu porque não recebeu do Estado o que ela, acredito eu, que ela entendia de direito. Ou seja, a empresa não terminou os hospitais, não pagou os operários, nem pagou os comerciantes que vendem pequenos materiais de construção, mas doou a importância de R$ 300 mil para o comitê financeiro único do PMDB”, revelou Marcelo Tavares, ao exibir da tribuna um documento oficial do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprovando a transferência ao PMDB do Maranhão.
Fonte: Blog do John Cutrim
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