“Nós tivemos a oportunidade de ouvir em torno de 80 pessoas, entre políticos, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, ex-prefeitos, mas principalmente pessoas da população, que tiveram a oportunidade de manifestar para os deputados presentes a situação caótica que vive o Maranhão”, afirmou Tavares.
De acordo com o parlamentar do PSB, que acompanhou todas as audiências, as pessoas reclamavam da falta de estradas, de educação, de saúde e de segurança pública. “Todas apontavam a falta de governo: nunca vi uma unanimidade tão cristalina, todas as pessoas criticando a falta de governo”, revelou.

“O dinheiro que deixou de ser aplicado na obra foi depositado na conta de campanha do partido da governadora; R$ 300 mil que podiam terminar o hospital de Matinha”, contou. “Tive a oportunidade de falar isso para toda a população presente: olhe como a população maranhense tem sofrido nas mãos de um governo tão incompetente e que é desonesto com esperança do nosso povo”, finalizou Tavares.
Doação de R$ 300 mil para o PMDB de Roseana
No dia 17 de maio, Marcelo Tavares munido de documentos, fez um pronunciamento apontando uma série de irregularidades na execução do Programa Saúde é Vida, executado pela gestão da governadora Roseana Sarney.
O deputado citou, como exemplo, a empresa JNS Canaã Construções e Paisagismo Ltda, contratada por mais de R$ 20 milhões para construir hospitais em Apicum-Açu, Araguanã, Bacurituba, Cajari, Governador Newton Belo, Matinha, Palmeirândia, Porto Rico do Maranhão, Presidente Sarney, Serrano do Maranhão e Zé doca.
Segundo Marcelo Tavares, a empresa recebeu quase R$ 10 milhões do governo Roseana para a construção dos hospitais, mas os serviços foram abandonados ainda no ano passado, onde os funcionários que trabalhavam nas obras ficaram sem receber os últimos vencimentos.
Marcelo mostrou que a mesma JNS Canaã Construções e Paisagismo, que no final de julho de 2010 recebeu cerca de R$ 6 milhões do Estado para construir os hospitais, fez no dia 3 de agosto de 2010 (dois meses antes da eleição) uma transferência de R$ 300 mil para o comitê financeiro único do PMDB, partido da então candidata ao governo Roseana Sarney.
“Parece-me que a empresa faliu porque não recebeu do Estado o que ela, acredito eu, que ela entendia de direito. Ou seja, a empresa não terminou os hospitais, não pagou os operários, nem pagou os comerciantes que vendem pequenos materiais de construção, mas doou a importância de R$ 300 mil para o comitê financeiro único do PMDB”, revelou Marcelo Tavares, ao exibir da tribuna um documento oficial do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comprovando a transferência ao PMDB do Maranhão.
Fonte: Blog do John Cutrim
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