Segundo a Polícia Federal, um
dos autores da ilegalidade já foi identificado.
Fraudadores faziam uso de pontos de voz instalados nas carteiras.
Fraudadores faziam uso de pontos de voz instalados nas carteiras.
A Superintendência Regional do Maranhão da
Polícia Federal confirmou nessa terça-feira (29) a existência de fraude em
processos seletivos - aplicados entre os anos de 2010 e 2014 - de instituições
de ensino superior do Estado que ofertam vagas nos cursos de Medicina. Segundo
a PF, um dos autores da ilegalidade já foi identificado .
Com base nas investigações, além dos
golpistas, a PF já identificou também as pessoas que compravam vagas de
Medicina nas instituições de ensino e confirmou que era cobrado até R$ 100 mil
por candidato. Ainda segundo a polícia, pela participação no golpe, cada
beneficiado deverá responder por formação de quadrilha e falsidade ideológica.
A PF no Maranhão apura ainda novas
informações sobre o caso em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual do Estado do Piauí. Segundo
as investigações policiais, na primeira etapa da fraude um golpista - de posse
de documentos falsos - se passava pelo candidato que pretendia comprar a vaga.
Uma segunda pessoa, também contratada para participar da fraude e com alto
nível de conhecimento, se submetia à prova no lugar do candidato verdadeiro.
Ainda segundo a PF, na etapa seguinte do
golpe os fraudadores faziam uso de pontos de voz instalados nas carteiras das
salas onde eram aplicadas as provas para que o suposto candidato recebesse as
respostas do gabarito.
Em janeiro de 2013, a PF revelou a
existência de fraude semelhante no acesso de interessados em cursos de Medicina
de universidades situadas em seis estados do país, incluindo o Maranhão. Por
meio de interceptações telefônicas com registros de conversas de novembro de
2011, um aluno, que estava na ocasião se submetendo ao processo seletivo para
uma vaga no curso de Medicina em uma universidade do Maranhão, foi flagrado
recebendo - por meio de ponto eletrônico - o gabarito oficial da prova. À
época, o Ministério da Educação (MEC) informou que as pessoas apontadas como
responsáveis ou envolvidas no crime seriam punidas com a cassação do diploma,
caso tivessem concluído o curso.
Do G1, com
informações de O Estado do MA
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