Acesso à vacinação contra hepatite B será ampliado


Em reunião, foram discutidas ações para aumentar a cobertura ate o fim deste ano.

SÃO LUÍS - A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com as secretarias municipais e unidades de Saúde dos 217 municípios, está traçando estratégias para ampliação do acesso à vacinação de crianças e adolescentes contra hepatite B.

Em reunião ocorrida esta semana, na Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, foram discutidas ações a serem adotadas para facilitar o cumprimento das determinações da Nota Técnica determinada pelo Ministério da Saúde para aumentar a cobertura até o fim deste ano.

De acordo com a nota, os índices de cobertura vacinal contra a hepatite B no Brasil estão abaixo dos 95% preconizados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), principalmente na faixa etária de 11 a 19 anos.

Segundo informou o coordenador estadual do Programa de Hepatites Virais da SES, Genildo Cardoso Filho, é necessário uma grande mobilização nas escolas e nas comunidades para que este quadro seja revertido. “A hepatite B é uma doença grave e silenciosa. Milhões de pessoas podem ter e não saber. A vacinação é medida mais eficaz para prevenir”.

No Maranhão, em 2007, na faixa etária de 11 a 14 anos, foram imunizados 36,43% da população e, na faixa de 15 a 19 anos, 30,20%. “Mais de 966 mil adolescentes deixaram de ser vacinados neste período”, completou Genildo Filho.

Em 2008, 61,29% dos adolescentes, de 11 a 14 anos, foram imunizados, e 35,87% da faixa etária de 15 a 19 anos. No ano seguinte, a população de 11 a 14 anos, teve uma cobertura de 79,21%, e entre 15 a 19 anos ficou em 37,38%.

Na primeira reunião de mobilização para vacinação de jovens contra hepatite B, estiveram presentes as enfermeiras Maria Helena Almeida (Imunização/SES), Liane Gonzalez (Programa Saúde da Família/Semus), Sandra Regina Silva (Programa Saúde na Escola/SES), Rita de Cássia Carneiro (Imunização/Semus), Jacira Albuquerque (Programa Hepatites/Semus).

“Nos próximos 15 dias, vamos mobilizar pais, professores e diretores das 17 escolas municipais de São Luís para a importância da imunização e agendar com eles o dia e a hora da primeira dose da vacina na primeira semana de novembro”, adiantou Liane Gonzalez.

Na data da vacinação, os menores de idade deverão portar a carteira/caderneta de vacinação ou documento equivalente para que a equipe possa avaliar a situação vacinal e definir a conduta a ser tomada, bem como aprazar as doses subsequentes, caso necessário. Caso não seja apresentado, o cartão será preenchido e disponibilizado pela equipe vacinadora.

Importância da vacinação

As hepatites são doenças graves que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Os cinco principais tipos (A, B, C, D e E) são causados por vírus que podem passar de uma pessoa para outra. As hepatites, geralmente, não apresentam sintomas. Quando aparecem, podem provocar cansaço, tontura ou ânsia de vômito. Muitas vezes, a pele e os olhos ficam amarelados, a urina escura e as fezes mais claras.

A medida mais eficaz e de melhor custo-benefício para interromper a cadeia de transmissão da hepatite B consiste na vacinação dos indivíduos antes da exposição ao vírus, tendo em vista ser essa uma doença grave e sexualmente transmissível e que o adolescente inicia, cada vez mais cedo, a atividade sexual. O MS preconiza e prioriza a vacinação para crianças e adolescentes até 19 anos, além de grupos de maior vulnerabilidade, independentemente da faixa etária.

A vacina contra a hepatite B está disponível nos postos de saúde para crianças e adolescentes menores de 20 anos, profissionais de saúde, manicures, usuários de drogas, hemofílicos, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, pacientes que fazem hemodiálise, portadores do vírus da hepatite C, portadores do HIV, portadores de DST, gestantes, caminhoneiros, bombeiros, policiais, dentre outros.

Fonte: SES.

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