Jovem de 21 anos, com estrutura física de uma criança, está grávida de 3 meses

Francinete Ribeiro dos Santos tem 21 anos e atualmente enfrenta o terceiro mês de uma gestação de risco. Em contato telefônico com O Imparcial, o pai da gestante, João Batista, informou que a gravidez da filha precisa ser interrompida antes de completar seis meses, já que ela tem nanismo e apresenta a estrutura corpórea de uma criança. No entanto, a jovem perdeu uma consulta ontem, em que marcaria o procedimento de retirada do feto, e só vai retornar para uma nova consulta na próxima sexta-feira.

De acordo com João Batista, além da condição física, Francinete dos Santos também já teve o diagnóstico de deficiência mental, tendo de interromper os estudos muito cedo. Ele disse que a menina sentia fortes dores de cabeça, e a família teria recebido a recomendação de professores e médicos para que dispensassem atenção especial à filha em casa, a fim de evitar o agravamento dos transtornos.

Atualmente, a família de João Batista, que conta com 11 filhos, mora em uma invasão no Povoado da Matinha, município de São José de Ribamar. Além do pai, dois filhos mais velhos trabalham informalmente para garantir o sustento de todos, que ainda estariam correndo o risco de serem despejados do terreno. No entanto, para não ficar sem um teto, João Batista informou que há muito tempo vem tentando erguer algumas moradias em uma propriedade que possui na Matinha.

Por conta da rotina puxada, João Batista disse à reportagem que, além das consultas médicas, ele não tem condições de providenciar a assistência de Francinete dos Santos junto a outras instituições, como o Conselho Tutelar. Segundo o pai da gestante, o companheiro dela, com cerca de 22 anos, viria cuidando de tais providências. João Batista se disse preocupado com a saúde da filha, pois tem receio de que os atendimentos a serem realizados não sejam bem sucedidos.

Por telefone, a conselheira tutelar de São José de Ribamar, Ângela Coqueiro, esclareceu que a atuação dos Conselhos Tutelares em casos similares ao de Francinete dos Santos envolve o acompanhamento do parto de mulheres com deficiência mental, de acordo com determinação judicial, podendo a criança, em razão da incapacidade da mãe de assumir a maternidade, ser entregue à família ou destinada à adoção. Por haver a necessidade de retirada do feto, Ângela Coqueiro informou que o caso poderia ser de atribuição do conselho da mulher do município. Ela disse que entraria em contato com a família de Francinete dos Santos, a fim de tomar conhecimento de detalhes da situação, e orientar os responsáveis quanto aos procedimentos a serem seguidos.

O Imparcial

Nenhum comentário

‹‹ Postagem mais recente Postagem mais antiga ››

Sou Sórcio, sou forte. Seja você também um sórcio.