AÇAILÂNDIA TEM SUA CRACOLÂNDIA: É O “CASQUEIRO”! ... (E ELE É A TREVA!...)


Mais um assassinato na área infeliz e desgraçada do “Casqueiro”, Bairro Laranjeira, praticamente centro da cidade de Açailândia-MA., uma das próximas vinte metrópoles regionais brasileiras, segundo a revista “Veja”... Desta feita, foi uma mulher, a Suede, morta a facadas na tardinha da quinta-feira, 23/09/10.

Nos seus trinta e poucos anos de história, quantos assassinatos já aconteceram no “Casqueiro”, região do “baixo meretrício da cidade”?

Sei não, mas devem chegar pertinho ou passar, dos mil (1.000), sim, dos mil assassinatos... Houve épocas impressionantes em que se matava dois ou três por semana, na maior “facilidade”... Tempos dos peões da construção da Br 222- Açailândia/Santa Luzia, da peãzada das fazendas e grandes projetos (tipo ferrovia...), dos egressos e andarilhos dos garimpos...
Eram dezenas de boates, cabarés, prostíbulos, bares, um movimento “arretado” de gente sobretudo de sexta a domingo; pancadaria de dar gosto e muita, muita violência e morte, a tiro, a faca, na porrada...

O “Casqueiro”, e a prostituição na forma de “zona” entraram em decadência, mas continuou como ‘baixo- aliás baixíssimo meretrício’ e se projeta definitivamente como ‘região de drogas e criminalidade’: é a “Cracolândia” açailandense!

A desgraça é que o “Casqueiro” se confunde com áreas residencial e comercial, sendo cortado por importantes ruas, como a 13 de Junho, a Maranhão, a José Bonifácio, a XV de Novembro...
Por ali transitam diariamente centenas e centenas de Crianças e Adolescentes, rumo às escolas Maria Izabel Cafeteira, Lourenço Galleti, Tânia Leite, Gonçalves Dias, Divino Mestre, Ebenezer, Frei Cesar Gavazzi...

E tudo no maior despudoramento e naturalidade, essa convivência “pacífica”, sabidamente do tráfico de drogas e da baixa prostituição com o povão...
É uma área esquecida, aliás, lembrada quando acontecem essas ocorrências, de baixaria, pancadaria, droga, prostituição, crime, assassinato, violência!

É uma área “formadora, educadora” de mão de obra e “bucha de canhão” para a criminalidade e a prostituição ( a exploração sexual comercial de Adolescentes já foi mais intensa e perversa, hoje se admite que minorou um bocado...): quantas e quantas mulheres, hoje uns “trapos” consumidas pelas doenças e pelas drogas (sobretudo nos últimos anos, o tremendo ‘crack’...), foram ‘meninas formadas e exploradas pela bandidagem do Casqueiro’, e quantos homens foram se “diplomaram” em crime na “escola do Casqueiro”...
Passou da hora de Açailândia de se fazer alguma coisa muita séria em relação ao “Casqueiro”, começando por assegurar no dia a dia a dignidade e a segurança de seus/suas habitantes, e investir pesadamente contra a criminalidade e o tráfico de drogas que dominam a área.

Mas também investir pesadamente no ‘social e cultural’ do “Casqueiro”, recuperando (se é que se pode falar assim de uma área que já nasceu marginalizada...) a região: saneamento, moradia, saúde, educação, trabalho/emprego/geração de renda...
Afinal, o “Casqueiro” não deixa de ser, mal comparando, um ‘cancer maligno’ que pode (aos poucos ou rapidamente...) contaminar toda a cidade... e
O perigo, como agora com o assassinato da mulher Suede, é a banalidade de morrer (e viver) no “Casqueiro”, como se fosse inevitável, ou natural/normal, a violência.

“Casqueiro”, a cracolândia de Açailândia...! Até quando?..

Por Eduardo Hirata

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