Por um novo modelo econômico, do estado mínimo, em 12 de Abril de 1990, o presidente da República, o então conhecido por todos, Fernando Collor de Mello sanciona a Lei 8.301, criando assim o Plano Nacional de Desestatização, dando início ao maior programa de privatização do mundo e também o maior esquema de corrupção do mundo. Ainda em seu governo extinguiu a Siderurgia Brasileira S/A – SIDERBRAS, e logo em seguida desencadeou-se o loteamento das empresas atreladas a holding, entre elas a USIMINAS (na época uma das mais lucrativas), a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN e tantas outras Ligadas a Mineração. Após o empeachment do então presidente da república Fernando Collor de Melo o processo continua com Itamar Franco que termina o loteamento do setor siderúrgico e da Embraer contando para isso com os ideais políticos do seu ministro da fazenda, o Sociólogo Fernando Henrique Cardoso.
Com o presidente Fernando Henrique Cardoso é criado através da Lei 9.491 em 09 de Setembro de 1997 o Programa Nacional de Desestatização, obedecendo assim ao Consenso de Washington ocorrido em Novembro de 1989 e que em 1990 torna-se a política oficial do Fundo Monetário Internacional – FMI. Eram o total de 10 as recomendações básicas que fomentaram o neoliberalismo e o fundamentalismo de livre mercado, entre elas estavam a Privatização das Estatais, a disciplina fiscal, a redução dos gastos públicos, a reforma tributária, os juros de mercado, o câmbio de mercado, a Abertura comercial, o investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições, desregulamentação (flexibilização das leis econômicas e trabalhistas) e o direito a propriedade intelectual.
O então presidente abraçou a recomendação de Desapropriação da Riqueza Brasileira, que, diga-se de passagem, construída com muito esforço por Getúlio Vargas, um Homem que pensava um Brasil para todos os Brasileiros, ao contrário de outros que pensam em um Brasil para meia dúzia de banqueiros e para fortalecimentos de suas oligarquias e grupos familiares dentro de algumas cidades brasileiras e também maranhenses. Um dos exemplos mais cruéis dessa terrível história patrocinada pelo PSDB, foi a venda da Companhia Vale do Rio Doce, por um preço camarada de 3,3 Bilhões, que hoje não corresponde sequer ao lucro divulgado no balanço trimestral. A Vale foi vendida sem levar em consideração a riqueza de suas jazidas. Hoje aqui no Maranhão já estamos pagando o preço dessa devassa criada no Governo Fernando Henrique Cardoso. Outro dia, aqui nessa casa legislativa, fizemos a leitura de um pedido de socorro das Siderúrgicas Instaladas no Pequiá porque a Vale a seu bel prazer elevou a patamares de mais de 100% a tonelada do minério, e nos sabemos muito bem quem são os grandes responsáveis por essas mazelas.
Aqui no Maranhão também não é diferente, temos exemplos assustadores dessa forma de Governar “é o Maranhão de Volta ao atraso”. O Banco do Estado do Maranhão foi vendido por 78 milhões para o Bradesco, mas poucos maranhenses sabem que antes disso a Governadora Roseana Saneou 333 Milhões nesse mesmo banco, dinheiro esse a juro de 6% ao ano para ser pago em trinta anos, ou seja, o estado ficou com o rombo em torno de 625 Milhões e mais de 500 bancários desempregados, o mais interessante ainda é que o Bradesco Maranhão alcançou um dos melhores resultados do setor bancário brasileiro, simplesmente todos os serviços do estado ficaram atrelados a esse banco por um bom tempo. Os Sarneys também entregaram a TELMA, a CEMAR (que já foi presidida por Fernando Sarney) deixando centenas de maranhenses desamparados, inclusive hoje em Açailândia nem existe O Plantão no horário da madrugada, isso é um absurdo...
Meus caros amigos que se fazem presentes nessa casa, apesar de tudo nada disso nos impressionam. Se fizermos um levantamento histórico veremos que muitos desses que estão sendo citados são figuras marcadas pelo acovardamento político e, enquanto muitos sofriam nos porretes e açoites da ditadura militar outros estavam na ARENA comandando juntamente com tantos outros a momento podre da nossa história “A Ditadura Militar”. O José Sarney, A Roseana Sarney, O Fernando Collor de Mello, Sarney Filho... todos esses estavam na ARENA. Precisamos nos alimentar um pouco da história política e dizer não para atitudes que tenham caráter de concessão de privilégios a uma minoria, formada por banqueiros, oligarquias e alguns parentes e chegados. No enredo das privatizações o POVO dançou, levou a pior. Com o dinheiro arrecadado das privatizações, sendo que a maior parte era oriunda do BNDES, nada de concreto aconteceu para melhorar a vida de todos os brasileiros. Esse contexto histórico, os reflexos atuais, não deixa a menor dúvida de que as privatizações e concessões são extremamente prejudiciais.
Com o Governo Lula a coisa muda, diversas empresas foram retiradas do Plano nacional de desestatização, entre elas a Companhia Docas, que o governo anterior (Fernando Henrique) já estava pronto, quando resolveu extinguir a Empresa de Portos do Brasil S/A - PORTOBRAS. Outra empresa que estava com o pé na cova era a ELETROBRÁS e todas as suas subsidiárias entre elas Companhia Hidroelétrica São Francisco – CHESF, FURNAS e Outras.
Tenho absoluta certeza que se em 2002 o Brasil tivesse escolhido O José Serra ele teria dado um jeito de vender até a minha casa, pois a política partidária desse grupo é sempre a mesma: VENDER, VENDER E VENDER...
Outra certeza que tenho é de que muitos se arrependeram das escolhas ocorridas nas eleições presidenciais de 1990, 1994 e 1998. Esse país melhorou muito desde 2002, mas com muita convicção eu lhes afirmo que se em 1990 tivéssemos acertado o Brasil seria “de todos” a partir daquela época.
O Partido Socialista Brasileiro – PSB, o próprio PT e poucos outros sempre foram contra essa política medíocre e utópica da privataria. O meu voto é a favor do povo, o meu voto é a favor dos trabalhadores da rodoviária, o meu voto é a favor das famílias dos trabalhadores do matadouro e da Ródoviaria, o meu voto é a favor do do povo Açailandense e, por tanto digo NÂO a esse projeto de lei de tercerização da Rodoviaria e Matadouro.
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