A saúde continua sendo o calcanhar de Aquiles do governo do Estado. Ontem, em aparte a pronunciamento do deputado Arnaldo Melo, a deputada Cleide Coutinho alertou que a residência médica em Caxias corre sério risco de paralisia. Há dois anos o município não recebe recursos do Estado e a deputada, que também é médica e esposa do prefeito da cidade, Humberto Coutinho, afirma que já não há meios de manter a rede hospitalar. Nestes dois anos, a saúde do município perdeu R$ 20 milhões.
A parlamentar renovou, na sessão da sexta-feira, à governadora e ao secretário José Márcio Leite, o pedido de que seja revisto o corte desses recursos. A cidade precisa preparar médicos residentes dentro de dois meses e sem dinheiro não há como. Dois hospitais, Sinhá Castelo e João Viana, já fecharam e mais unidades hospitalares da região correm o mesmo risco. A macro-região de Caxias atende 48 municípios, cerca de 250 mil pessoas. È um universo de pacientes e como profissional da medicina Cleide Coutinho afirma que o estágio é imprescindível, mas não suficiente, é preciso que haja residência médica para a formação de bons profissionais.
“O que estou pedindo é um tratamento igualitário”, disse a deputada dando os exemplos de Imperatriz e Timon. A macro-região de Imperatriz, que atende a 1 milhão e 180 pessoas recebe mensalmente R$ 4 milhões do governo Roseana. Segundo ela, no ano passado, Imperatriz recebeu em recursos do Estado R$ 80 milhões.
JM Cunha Santos
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