Inflação do aluguel acelera para 0,79% em janeiro, mostra FGV

No acumulado dos últimos 12 meses, IGP-M tem alta de 11,50%. Gastos com educação e transporte pressionaram índice no início do ano.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), utilizado para reajuste da maioria dos contratos de aluguel, acelerou, ficando em 0,79% em janeiro, de acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgado nesta sexta-feira (28). Em dezembro, a variação registrada fora de 0,69%. No acumulado em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 11,50%.

A aceleração também foi observada no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M. O índice passou de 0,63% em dezembro para 0,76% em janeiro. A parcela relativa a bens finais ficou em 0,08% neste mês, contra recuo de 0,46% no mês anterior. Contribuiu para o resultado a variação de preços dos alimentos in natura (de -9,09% para -1,14%).

Já o grupo de bens intermediários desacelerou de 0,83% em dezembro para 0,78% em janeiro. Quanto ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, a taxa de variação foi de 1,18% para 0,90%, sendo o principal responsável pela desaceleração do grupo.

O índice de matérias-primas brutas passou de 1,66% para 1,50%, em janeiro, com influência das variações dos preços de aves (de 8,02% para -2,36%), soja em grão (de 2,58% para 1,13%) e suínos (de 3,01% para -6,70%). Na contramão, foram registradas acelerações nos itens minério de ferro (de -2,24% para 1,07%), laranja (de -2,22% para 10,76%) e café em grão (de 5,08% para 9,30%).

Preços ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também acelerou, de 0,92% para 1,08%, em janeiro. Dos sete grupos de despesas que compõem o índice, quatro apresentaram aceleração. As maiores influências partiram de educação, leitura e recreação (de 0,42% para 2,75%), com destaque para o aumento de preços de cursos formais, de 0,00% para 4,64%.

Ficaram mais caros também os preços relativos a transportes (de 0,57% para 1,94%), despesas diversas (de 0,44% para 0,95%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,48% para 0,53%). As maiores contribuições partiram de tarifa de ônibus urbano (de 0,26% para 3,89%), mensalidade para TV por assinatura (de 0,40% para 2,09%) e salão de beleza (de 0,76% para 0,86%).

O que subiu menos
Subiram menos de dezembro para janeiro os grupos de despesas com vestuário (de 0,87% para 0,35%), com destaque para roupas (1,27% para 0,50%), alimentação (de 1,96% para 1,47%), influenciado por carnes bovinas (6,32% para -0,58%) e habitação (de 0,43% para 0,22%), com influência para aluguel residencial (de 1,03% para 0,26%).

Do G1, em São Paulo

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