Oposição acusa prefeito de eleger 'na marra' o novo presidente da Câmara

DENÚNCIA DE ‘TAPETÃO’ EM BOM JARDIM

Cinco vereadores de oposição, em contato com a reportagem do Jornal Pequeno, denunciaram na manhã de ontem que o prefeito de Bom Jardim, Roque Portela (PSB), patrocinou diversas manobras para assegurar, de forma completamente irregular, a eleição do novo presidente da Câmara de Vereadores do Município.
“Nós somos ao todo nove vereadores, mas o prefeito, da forma mais antidemocrática possível, interferiu no Legislativo e rasgou a lei para impor o seu candidato, eleito com apenas quatro votos”, afirmou o vereador Antônio Gomes da Silva (PSL), mais conhecido como “Cesarino”.
Os cinco vereadores da oposição - Pedro Lima Veras Filho (PP), o Pedrinho do Sindicato; Antônio Silva (PMN), o Puaka; Manoel da Conceição Ferreira Filho (PHS), “Sinego”; Raimundo Augusto Costa Pereira (PTC) e Antônio Gomes da Silva (PSL), o “Cesarino” – informaram que ingressaram na Justiça para anular a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara.
De acordo com os vereadores oposicionistas, o candidato eleito, José Vieira dos Santos Filho (PSB), o “Zé Filho”, apoiado pelo prefeito Roque Portela, não tem condições legais de assumir a presidência da Câmara, porque “esta eleição foi feita de forma completamente irregular”, como assinalou o vereador “Sinego”. Para os vereadores oposicionistas, o grupo do prefeito Roque Portela atropelou o regimento da Casa e a Lei Orgânica do Município.
Segundo os denunciantes, o atual presidente da Câmara, Francisco Ferreira Lopes (PSB), o “Chico do Brás”, lançou um edital no dia 30 de novembro convocando a eleição da nova Mesa Diretora para o dia 10 de dezembro. No dia 7 de dezembro, o grupo de oposição tentou registrar sua chapa, mas o presidente da Casa, Chico do Brás, recusou-se a fazer o registro, alegando que só receberia a inscrição da chapa na véspera da eleição.
“Na verdade, o edital estabeleceu que o registro de chapa poderia ser feito até 24 horas antes da eleição”, afirmou o vereador Raimundo Augusto Costa Pereira. Ocorre que um ofício do dia 7 de dezembro, assinado pelo diretor da Câmara, Francisco Paulo Sousa Lima, comunicou a mudança da data da eleição, que seria dia 10, para o dia 14 dezembro.
A oposição registrou sua chapa no dia 13, mas o presidente da Câmara, “Chico do Brás”, indeferiu a chapa da oposição, para que houvesse apenas uma chapa, encabeçada pelo vereador Zé Filho, apoiado pelo prefeito Roque Portela. Os cinco vereadores oposicionistas se recusaram a participar da eleição realizada no dia 14 dezembro, na qual Zé Filho foi eleito com apenas quatro votos.
Por conta de diversas irregularidades ocorridas no processo eleitoral, o grupo de oposição ingressou na Justiça com um mandado de segurança, com pedido de liminar, pedindo a nulidade do pleito e a realização de outra eleição. O juiz da Comarca de Bom Jardim, Raul José Goulart Duarte Júnior, concedeu liminar no dia 28 de dezembro, determinando a suspensão da eleição e dando um prazo de 10 dias para que o presidente da Câmara faça a sua defesa.
“O mais grave é que agora é o próprio prefeito Roque, pelo que estamos sabendo, que já começou a lutar no Tribunal de Justiça do Estado na tentativa de manter a chapa eleita com quatro votos”, afirmou o vereador Antônio Gomes da Silva (PSL), o “Cesarino”.
Jornal Pequeno

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