Bandidos de alta periculosidade do Ceará são presos no Maranhão

Bandidos de alta periculosidade do Ceará são presos no MaranhãoAlém de Fabinho da Pavuna e Alex Gardenal, uma bailarina do Brasas do Forró também foi presa.
Pedro Sobrinho / Imirante
SÃO LUÍS - Foram presos, na noite dessa quinta-feira (17), os cearenses Francisco Fabiano da Silva Aquino, o "Fabinho da Pavuna", Alexandre de Sousa Ribeiro, o "Alex Gardenal", e a bailarina da banda cearense Brasas do Forró, Carliane [namorada de Alex].

A prisão aconteceu em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas proximidades do município de Santa Inês, numa operação em conjunto entre as polícias civis dos Estados do Maranhão e Ceará.

De acordo com investigador do Departamento de Inteligência da Polícia Civil do Ceará, Maurício Pinheiro, Fabinho da Pavuna e Alex Gadernal são acusados de invadirem o presídio no Estado do Ceará, onde resgataram vários presos, entre os quais, assaltantes da agência do Banco Central no Estado do Ceará, acontecido em agosto de 2005. No momento da invasão no presídio, a dupla estava acompanhada de dez criminosos.

Logo após cometerem o crime, vieram para o Maranhão, Os criminosos estavam morando no município de Santa Inês, onde compraram vários imóveis para alugar. Eles vinham sendo monitorados pelas polícias dos Estados do Maranhão e do Ceará.

Ontem, quando a dupla se deslocava para São Luís para deixar a bailarina do Brasas do Forró, Carliane, namorada de Alex Gadernal, no Aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís, foi abordada pelos policiais civis do Serviço de Inteligência dos dois Estados. O trio recebeu voz de prisão.

O investigador Maurício Pinheiro informou que Fabinho Pavuna e Alex Gadernal são bandidos de alta periculosidade, especializados em assaltos a bancos, carros-fortes e sequestros. No Ceará, eles invadiram uma escola particular tradicional e sequestraram um aluno de 17 anos, filho de um empresário conhecido no Estado. Eles passaram mais de 20 dias com o estudante no cativeiro.

Os três foram conduzidos para a Delegacia Especial de Investigações Criminais (Deic), onde prestaram depoimento. O delegado Marcos Afonso, superintendente da Delegacia Especial de Investigações Criminais, disse que os bandidos serão transferidos, ainda hoje, para o Estado do Ceará.

Entenda o caso
Ladrões cometeram um assalto ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza (CE), em agosto de 2005. Foi, provavelmente, um dos maiores assaltos a banco do mundo e o maior assalto a um banco brasileiro. A escavação demorou cerca de três meses.

A casa foi alugada para abertura de uma empresa de fachada, que trabalharia com grama sintética. A partir da casa, foi aberto um túnel com 78 m de comprimento, 70 cm de altura e 4 metros de profundidade, que ligava a casa até o banco.

Foram roubados R$ 164,7 milhões do banco. Dos 36 integrantes originais da quadrilha, 26 foram presos, quatro foram mortos, quatro estão foragidos e dois ainda não estão identificados, conforme balanço divulgado pelo delegado Antônio Celso dos Santos, encarregado do inquérito.

Do dinheiro levado, só cerca de R$ 50 milhões foram recuperados, sendo R$ 19,8 milhões em espécie e pouco mais de R$ 30 milhões em bens como fazendas, mansões, empresas, imóveis diversos, carros, barcos, joias e até títulos de investimento. A PF acredita que outros R$ 30 milhões foram extorquidos por policiais corruptos em diversas partes do país, nove deles já presos. Entre os policiais presos, cinco são de São Paulo - três já soltos para responderem em liberdade - e quatro do Ceará.

A perseguição aos assaltantes começou com um cartão de telefone pré-pago, esquecido por um dos bandidos no túnel. A quebra do sigilo telefônico permitiu chegar aos números usados pela quadrilha, endereços e nomes.

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