Último Segundo
Com a expectativa de fazer “a melhor gestão de sua vida”, como definiu em seu discurso de posse, a governadora Roseana Sarney (PMDB) ainda tenta cumprir promessas do seu mandato anterior nestes 100 primeiros dias de governo. O início do quarto mandato de Roseana à frente do Estado também foi marcado por duas paralisações de funcionários públicos e por uma derrota parcial na Assembléia Legislativa do Estado.
Entre as promessas da gestão anterior que Roseana ainda tenta cumprir nesses primeiros meses de mandato está a entrega de 71 hospitais de baixa e média complexidade em todo Estado. Apenas um dos 72 prometidos em 2009 foi inaugurado. Isso ainda antes da campanha eleitoral de 2010. Outros já estão prontos, mas devem ser entregues apenas nos próximos meses. Roseana também enfrenta dificuldades para concluir obras em São Luís, como o PAC Rio Anil, de construção de unidades habitacionais e de um espigão costeiro, na orla de São Luís. Este último dependia apenas de uma autorização da Marinha para que as obras fossem iniciadas.
Nesse início de governo, o governo ateve-se a inaugurar obras que foram iniciadas em 2010, como as reformas de três estradas (MA-034; MA -345 e MA-346) na região do Baixo Parnaíba, no nordeste do Maranhão. A parceria com Dilma Rousseff (PT) mostrou alguns resultados, ainda que pouco expressivos a curto prazo.
Em março, foram firmados convênios para investimentos na área de educação tecnológica, agricultura, piscicultura e turismo. Esses projetos devem ser implementados a partir do segundo semestre desse ano. Dilma também garantiu a Roseana a continuidade das obras da Refinaria Premium I, em Bacabeira, distante 60 quilômetros de São Luís.
Promessas de campanha
Entre as promessas de campanha, nenhuma, até o momento, está em fase de execução. A construção de uma avenida de 7 km em São Luís com seis faixas de tráfego é a promessa de campanha mais próxima de ser iniciada. A obra está em fase de discussão pública. A licitação, até o momento, não foi lançada.
Outros projetos importantes que foram alvo da campanha de Roseana no ano passado, como uma ponte de 4 km interligando a zona periférica à zona nobre de São Luis e uma avenida de 26,5 km, que circulará a cidade como uma espécie de rodoanel da capital maranhense, ainda estão na fase de viabilização de recursos.
Greves
Sem iniciar grandes projetos, o governo Roseana Sarney tem dedicado mais tempo a resolver problemas. Em março, os policiais civis entraram em greve reivindicando aumento salarial. A paralisação durou 14 dias e terminou após acordo de reajuste salarial de 10%.
Os professores também paralisaram suas atividades para pressionar o governo a implementar um Plano de Cargos e Carreiras e Salários (PCCS). Sem acordo com os professores, o governo pediu a ilegalidade do movimento. Conseguiu tanto por meio de decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), quanto do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, os professores ainda mantém o movimento.
No campo político, nos 100 dias de governo Roseana Sarney ocorreram alguns episódios inesperados. O principal deles envolveu o cunhado da governadora, Ricardo Murad (PMDB). Murad tinha o apoio de Roseana para ser o presidente da Assembléia Legislativa do Estado. Mas um movimento de oposição, dentro da base aliada da pemedebista, tirou Murad da disputa e elegeu Arnaldo Melo (PMDB) como o presidente da Casa. A Murad restou o cargo de Secretário Estadual de Saúde do Maranhão.
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