Coordenada pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação ao Trabalho Infantil (FNPETI), em parceria com os fóruns estaduais, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e mais de 70 entidades, a “Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Infantil” será antecipada e lançada na quinta-feira, 9 de junho, em comemoração ao 12 de junho, “Dia Internacional de Combate ao Trabalho Infantil”.
O evento de lançamento contará com uma Audiência Pública no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), teatro de fantoches, participação de crianças que, simbolicamente levantarão o cartão vermelho ao trabalho infantil e uma caminhada ao plenário da Câmara dos Deputados.
“A data tem um papel importante na erradicação do trabalho infantil. É com a campanha e a mobilização do Fórum Nacional e dos Fóruns Estaduais que conseguiremos projeção na mídia para divulgar o problema e acabar com as concepções errôneas da população”, acredita Isa Oliveira, secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
Com o slogan “Trabalho infantil. Deixar de estudar é um dos riscos”, a campanha tem como foco quatro das piores formas de trabalho infantil: o trabalho doméstico; o trabalho nas ruas; o trabalho no lixo e com o lixo; e o trabalho na agricultura, especialmente com agrotóxicos.
Segundo Isa, “essa mobilização é essencial para manter o assunto em pauta na sociedade e mostrar à população que o trabalho não é benéfico nem às crianças nem aos adolescentes, exceto no caráter de aprendizado dos jovens com 14 anos ou mais. Eles devem ter direito a uma infância plena, com educação de qualidade, o que não ocorre caso tenham que trabalhar”.
• Começo da tarde da quarta-feira, 08/06, um sol inclemente, daqueles de torrar amendoim. Rua Marly Sarney, centro comercial de Açailândia.
Uma menina, não mais de dez, onze anos, com um isoporzinho pendurado ao pescoço, protegido por um pano roto, oferece e “vende” merenda.
Já próximo ao Mercado Público Central, na mesma movimentada rua, outra menina, não mais de onze, doze anos, “ajuda” a mãe na venda de cd, dvd, e outras bugigangas, em uma banquinha na calçada, “atrapalhando o caminhar de pedestres...”
E já entrando na Rua Ceará, um rapazinho, aí pelos quatorze anos, “pilota” um carrinho de picolé e sorvete...
Pela manhãzinha, no trajeto para o trabalho, no mesmo Mercado, outra menina, aí pelos doze anos, “ajudando” na venda de alface, couve, cheiro verde, limão; e um menino , pequenino de uns dez anos, “debulhando” feijão verde com a mãe...
Mesmo Mercado que assiste, quase todas as tardinhas/comecinho de noite, a anciã com netinhos/as a tiracolo, revirando os “tambores de lixo”...
Trabalho infantil por aqui é rotina, demonstração da “pujança e do progresso”da cidade... Como me dizia tempos atrás um vigia: “...seo Eduardo, essas Crianças são trabalhadoras, não são este bando de vagabundos e vadios que infestam a cidade”...
O evento de lançamento contará com uma Audiência Pública no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), teatro de fantoches, participação de crianças que, simbolicamente levantarão o cartão vermelho ao trabalho infantil e uma caminhada ao plenário da Câmara dos Deputados.
“A data tem um papel importante na erradicação do trabalho infantil. É com a campanha e a mobilização do Fórum Nacional e dos Fóruns Estaduais que conseguiremos projeção na mídia para divulgar o problema e acabar com as concepções errôneas da população”, acredita Isa Oliveira, secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
Com o slogan “Trabalho infantil. Deixar de estudar é um dos riscos”, a campanha tem como foco quatro das piores formas de trabalho infantil: o trabalho doméstico; o trabalho nas ruas; o trabalho no lixo e com o lixo; e o trabalho na agricultura, especialmente com agrotóxicos.
Segundo Isa, “essa mobilização é essencial para manter o assunto em pauta na sociedade e mostrar à população que o trabalho não é benéfico nem às crianças nem aos adolescentes, exceto no caráter de aprendizado dos jovens com 14 anos ou mais. Eles devem ter direito a uma infância plena, com educação de qualidade, o que não ocorre caso tenham que trabalhar”.
• Começo da tarde da quarta-feira, 08/06, um sol inclemente, daqueles de torrar amendoim. Rua Marly Sarney, centro comercial de Açailândia.
Uma menina, não mais de dez, onze anos, com um isoporzinho pendurado ao pescoço, protegido por um pano roto, oferece e “vende” merenda.
Já próximo ao Mercado Público Central, na mesma movimentada rua, outra menina, não mais de onze, doze anos, “ajuda” a mãe na venda de cd, dvd, e outras bugigangas, em uma banquinha na calçada, “atrapalhando o caminhar de pedestres...”
E já entrando na Rua Ceará, um rapazinho, aí pelos quatorze anos, “pilota” um carrinho de picolé e sorvete...
Pela manhãzinha, no trajeto para o trabalho, no mesmo Mercado, outra menina, aí pelos doze anos, “ajudando” na venda de alface, couve, cheiro verde, limão; e um menino , pequenino de uns dez anos, “debulhando” feijão verde com a mãe...
Mesmo Mercado que assiste, quase todas as tardinhas/comecinho de noite, a anciã com netinhos/as a tiracolo, revirando os “tambores de lixo”...
Trabalho infantil por aqui é rotina, demonstração da “pujança e do progresso”da cidade... Como me dizia tempos atrás um vigia: “...seo Eduardo, essas Crianças são trabalhadoras, não são este bando de vagabundos e vadios que infestam a cidade”...
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