“Trabalho Infantil atrapalha desenvolvimento da Criança”

Os males causados pelo trabalho infantil no desenvolvimento da criança foram  durante o Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, dia 22/07/2011, em São Paulo. O tema foi apresentado pelo pediatra e professor Roberto Teixeira Mendes, do Departamento de Pediatria Social da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
De acordo com ele, o trabalho infantil atrapalha o desenvolvimento da criança, principalmente o mental. Além de provocar efeitos mais imediatos como doenças infecciosas e traumas.

Segundo Mendes, os efeitos vão depender da faixa etária e do tipo de trabalho que está sendo desenvolvido pela criança. Mas eles vão ocorrer.
“O trabalho pode ser exaustivo, pesado, insalubre e trazer efeitos imediatos, como intoxicação e traumas. Mas mesmo que o trabalho não tenha nada disso, só por ser trabalho vai tirar a criança do seu momento específico de vida que é brincar, fantasiar e elaborar o mundo que a cerca à sua maneira. E a criança precisa de tempo e condições para fazer isso”, disse.

De acordo com o pediatra, o ideal é que a criança não trabalhe, mas brinque.
“A partir dos 15 anos de idade, quando o adolescente é capaz de compreender o mundo e a produção, o que é dinheiro e trabalho, ele pode eventualmente se inserir - se for vontade dele também - no mundo do trabalho. Mas isso ainda não pode ser a sua principal atividade. A principal atividade dele será se capacitar para o futuro”, declarou.

O professor também falou sobre os problemas das doenças ocupacionais que, na criança, elas só aparecem na fase adulta. “Doenças ocupacionais são idênticas em crianças e em adultos. A única diferença é que as doenças ocupacionais que vão causar malefícios a longo prazo não vão aparecer na criança. Vão aparecer no adulto. Mas a criança já está sofrendo com aquilo”.

Mendes ressaltou que há hoje uma grande dificuldade para identificar o universo de crianças que trabalham no país, principalmente porque se trata de trabalho informal, em geral. Por isso, o ideal seria a articulação entre os vários órgãos, associações e profissionais que trabalham com a criança e o adolescente para inseri-las em programas sociais que as livrem do trabalho. “Tem que haver diálogo entre a escola, a família, a saúde, a sociedade de bairro e as regionais das secretarias das áreas de educação, esporte e lazer e saúde”, disse.
(Fonte: Agência Brasil , citada pelo Portal Pró-Menino,27/07))
 ·       Aqui em Açailândia do Maranhão, o “trabalho infantil” continua sendo uma “treva”... E se acentua e agrava nestes períodos de recesso escolar, quando dezenas e dezenas de meninos e meninas também “ganham as ruas”, exercendo alguma atividade ambulante, para “...aumentar  o ganho lá  de casa, um dinheirinho extra prá ajudar no material da escola...”, como justifica uma mãe, verdureira, que tem na filha pequena uma “vendedora a mais” nas bandas do mercado/feira...
·       Mesmo com políticas como o PETI, o Projovem Adolescente; mesmo com as condicionalidades do “Bolsa-Família”, o trabalho infantil persiste teimosamente...
·       Faltam as ações de repressão e de responsabilização, faltam políticas e programas capazes de oferecer atividades atrativas às Crianças e Adolescentes, falta fortalecer política de transferência de renda e geração de empregos, etc., etc.
·       O que se não se pode mais é aceitar passivamente que este crime continue, ostensivamente e à luz do dia, uma afronta à dignidade e ao futuro de Crianças e Adolescentes, abusadas e exploradas precocemente em atividades incompatíveis com seu desenvolvimento moral, físico, emocional, cidadão..
·       (Assessoria do COMUCAA)

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