Com seleções caseiras, Brasil e Argentina reeditam torneio que revelou Pelé

Em 1957, Rei disputou na Copa Roca seus primeiros jogos pela seleção brasileira
Brasil e Argentina entram em campo às 21h50 desta quarta-feira para mais uma edição do maior clássico do futebol sul-americano. Mas o duelo, no Estádio Mario Kempes, em Rosário, terá uma cara bem diferente dos últimos confrontos. Apenas jogadores que atuam nos dois países foram convocados para o par de amistosos que marcam a reedição da Copa Roca ­ o segundo jogo será em Belém, no dia 28 deste mês.

A Copa Roca foi disputada 11 vezes entre 1914 e 1976, sempre entre as duas seleções. O Brasil venceu sete edições, a Argentina ganhou três, e o título foi dividido em 1971. Mas o mais importante entre todos os torneios foi o de 1957, que marcou a estreia de Pelé na seleção.

O técnico Sylvio Pirillo chamou o jovem santista, então com 16 anos, para os dois jogos. No primeiro, no Maracanã, o Brasil perdeu por 2 a 1, mas Pelé marcou. No segundo duelo, no Pacaembu, 2 a 0 para os brasileiros, com mais um gol de Pelé e outro de Mazola. A partir dali, o santista não sairia mais da seleção brasileira.

Mais de meio século depois, a competição não tem nem de longe o mesmo glamour. As duas seleções chegam ao confronto sem muitas de suas maiores estrelas.

Na Seleção Brasileira, o técnico Mano Menezes aposta em jogadores com bagagem, como Ronaldinho Gaúcho e Neymar, para dar suporte ao destacado número de iniciantes. Dez peças foram convocadas pela primeira vez: Bruno Cortês, Cícero, Mário Fernandes, Rafael, Rhodolfo, Oscar, Casemiro, Paulinho, Renato Abreu e Rômulo.

Portanto, parte do grupo terá de contar a ansiedade ao enfrentar o maior rival da Seleção Brasileira, na casa do adversário. "Se falar que não dá um frio na barriga, eu estarei mentindo, mas vamos encarar essa partida como uma final", afirma Casemiro.

Ainda assim, os estreantes do time principal demonstram confiança em apresentar um trabalho convincente a Mano Menezes. "Todos os jogadores disputam o Brasileirão e têm experiência em seus clubes. Aqueles que vieram da Seleção sub-20 também já disputaram torneios importantes", exalta o meia Oscar

Na escalação, Mano Menezes perdeu o centroavante Fred (lesionado), mas irá privilegiar aqueles que estão mais acostumados à pressão da camisa brasileira. A grande esperança brasileira em um resultado positivo está no ataque formado por Ronaldinho Gaúcho, Leandro Damião e Neymar. Nos treinos, a grande surpresa foi a presença do meia Renato Abreu entre os titulares.

Na Argentina, também houve uma baixa importante. O veterano Juan Sebástian Verón foi descartado na noite de segunda-feira em função de limitações físicas. Porém, restam nomes conhecidos do público brasileiro: os zagueiros Sebá Dominguez (ex-Corinthians) e Leandro Desábato, que ficou famoso por uma acusação de racismo contra o atacante Grafite durante a Libertadores-2005.

Em início de trabalho na Argentina, o técnico Alejandro Sabella promete usar o Superclássico das Américas para analisar opções que podem ser usadas durante as Eliminatórias da Copa do Mundo. "É uma competição com duração de dois anos e meio, então temos prioridades em curto, médio e longo prazo", avisa o comandante.

FICHA TÉCNICA ARGENTINA x BRASIL

Local: Estádio Mario Kempes, em Córdoba (Argentina)
Data: 14 de setembro de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (Chile)
Assistentes: Patricio Basualto e Carlos Astraza

ARGENTINA: Orión; Germán Ré, Seba Domínguez, Desábato e Pillud; Fernández, Canteros, Zapata e Papa; Martínez e Gigliotti (Mauro Boselli).
Técnico: Alejandro Sabella.

BRASIL: Jefferson, Danilo, Dedé, Rever e Kleber; Ralf, Paulinho e Renato Abreu; Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho Gaúcho.
Técnico: Mano Menezes.
O Estadão

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