Mercado absorve estoque de produtos finais da indústria maranhense

Pesquisa divulgada pela Fiema também demonstrou que houve recuperação na produção industrial e no uso da capacidade instalada

A Sondagem Industrial divulgada nesta segunda-feira (26), pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), demonstrou que os estoques de produtos finais acumulados nas indústrias maranhenses desde agosto de 2011 reduziram em fevereiro. O registro foi de 47,5 pontos, demonstrando escoamento da produção no estado, se comparado ao mês anterior. No Brasil, a indústria permanece com o volume de estoque de produtos finais alto (51,1 pontos) e acima do desejado.   

Mesmo com o dado positivo, a pesquisa voltou a indicar queda na produção industrial maranhense (46,9 pontos) no mês de fevereiro, bem como ocorrido no país, cujo índice registrado foi de 46,5 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda ou variação negativa. Ressalte-se que no Maranhão e no Brasil, houve recuperação dos índices frente a janeiro (ver gráfico).

No Maranhão, as indústrias de médio e grande portes registraram estabilidade (50,0 pontos) nos níveis de produção, contribuindo para a recuperação do indicador.

Outro aspecto analisado na Sondagem mostrou que a utilização da capacidade instalada (UCI) permaneceu igual ao usual em fevereiro (49,5 pontos), sinalizando recuperação ante os dois meses anteriores. Em termos percentuais, a UCI avançou 5% de janeiro (73%) para fevereiro (78%), mas não suficiente para elevar o índice de volume de produção e caracterizar aumento.

A pesquisa destacou ainda que o indicador de emprego (50,8 pontos) sinalizou pequeno aumento no quadro de pessoal, ocorrido exclusivamente nas médias e grandes empresas, pois nas pequenas houve dispensa (40,9 pontos) de mão de obra.

De forma geral, as expectativas em março para os próximos meses são positivas. A projeção da demanda (71,2 pontos) dos executivos entrevistados é de que haja aumento, em maior intensidade que o estimado nos dois primeiros meses de 2012. Para atender a essa demanda, as indústrias projetam adquirir mais matéria-prima e absorver mais mão de obra. O aumento (62,5 pontos) nas exportações também é esperado pelas médias e grandes indústrias.

Medidas - Na semana passada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou, via imprensa, que a presidenta Dilma Rousseff deve anunciar medidas para reativar a produção industrial brasileira. Segundo a CNI, as medidas envolvem aumento dos investimentos em infraestrutura e a redução de impostos para alguns setores. A informação partiu do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, após reunião de líderes de grandes empresas com a presidenta.

Segundo Andrade, Dilma pediu elevação de investimentos aos empresários e reafirmou que o governo federal continuará buscando equilíbrio entre a taxa de juros e o câmbio.

“Tais medidas darão maiores condições às empresas brasileiras para competir com os produtos importados. O câmbio é hoje um obstáculo à competição das empresas brasileiras”, declarou Andrade.

“Perdemos competitividade por diversos fatores, desde a guerra fiscal entre os estados no incentivo às importações, até a elevada carga tributária, os altos encargos trabalhistas e as deficiências no sistema de transporte e logística”, completou o presidente da CNI.

Ernesto Batista e Nina Mochel
Jornalistas
Assessoria Corporativa de Comunicação

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