Falta do projeto executivo com informações mais detalhadas da obra é
apontada como principal causa para novo atraso. Além disso, foi informado que
terminal não terá restaurante.
São Luís - “Não vemos como a reforma do aeroporto possa terminar dentro
do prazo prometido”. A afirmação é do
presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), durante a
visita técnica de empresários e representantes de 22 entidades empresariais
hoje (16), pela manhã, ao canteiro de obras da reforma do aeroporto Hugo da
Cunha Machado.
Segundo Edilson Baldez, que é engenheiro civil, a falta de projeto
executivo é um entrave para a execução da obra. “O andamento dos trabalhos está
num ritmo bom, mas sem as definições que constam no projeto executivo, não há
como terminar a obra toda no prazo. E um dia de atraso nesta reforma, trás
prejuízo para o Maranhão”, afirmou.
A falta de parte dos projetos executivos foi confirmada por Carlos
Pinheiro, diretor operacional da empresa de engenharia contratada pela Infraero
para executar a reforma do aeroporto. “Recebemos apenas o projeto para a
estrutura metálica, mas não temos o projeto de outras áreas como o elétrico e o
civil. Sem as plantas que estão faltando, não temos como entregar a obra
completa dentro do prazo”, observou.
A avaliação de que a reforma do aeroporto não será concluída no prazo
pela falta de um projeto executivo foi reforçada por outros empresários que
estiveram presentes a visita técnica. O presidente do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Maranhão (Sinduscon), João Mota, afirmou que sem o
documento de detalhamento da obra não é possível concluir os trabalhos dentro
dos prazos.
“Está faltando o detalhamento do projeto, o que acarreta em mais tempo
para terminar uma obra e pode levar à retrabalho, o que aumenta custos”,
comentou Mota.
Restaurante
Outro problema que foi encontrado pelos empresários na reforma é que
mesmo após a conclusão da reforma, o terminal de passageiros do Aeroporto Hugo
da Cunha Machado não terá um restaurante. “A Infraero nos informou que o
restaurante está planejado para uma segunda etapa que ainda não sabemos quando
será feita”, disse Baldez.
“Vamos consolidar todos os problemas que encontramos aqui e todos os
dados que recolhemos em um documento assinado pelas entidades que participam
desta mobilização. Um grupo de trabalho com representantes das entidades que
estão aqui hoje, fará o acompanhamento do andamento da reforma”, completou o
presidente da Fiema.
Apesar de todo o questionamento feito pelos empresários e dos problemas
encontrados durante a visita técnica, o superintendente da Infraero,
Hildebrando Corrêa, se limitou a informar que as obras terão prosseguimento até
26 de maio, quando deverão ser entregues.
A visita técnica ao aeroporto reuniu cerca de 50 empresários de todos os
setores da economia maranhense e durou cerca de uma hora e meia. Eles visitaram
a área interna do terminal que está em reforma e viram os trabalhos de montagem
de estruturas metálicas externas.
Além de Baldez e Mota, estiveram presentes na visita técnica o
presidente do Sebrae, Cláudio Azevedo; o vice-presidente da Fecomércio,
Marcelino Ramos Araújo; o presidente da Associação dos Criadores do
Estado do Maranhão (Ascem), Marco Túlio Dominici; o reitor da Universidade
Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, além de dirigentes e empresários
ligados à Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (Faema); Associação
Comercial do Maranhão (ACM); Associação Maranhense de Distribuidores
Atacadistas (Amda); Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH); Associação
Brasileira de Agentes de Viagem (Abav); Associação Maranhense de
Supemercadistas (Amasp); Associação Brasileira de Empresas Organizadoras de
Eventos (Abeoc); Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla);
Clube de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL-SL); Sindicato da Indústria de
Construção Pesada (Sincopem); Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurante e
Similares (Sindihorbs); Sindicato das Indústrias de Cana e Álcool do Estado do
Maranhão(Sindicanalcool); Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e
Acessórios (Sindirepa); Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Maranhão
(Sindigraf); Sindicato das Empresas de Turismo do Maranhão (Sindetur) e Convention
Bereau São Luís.
Desde já agradeço a publicação.
Cordialmente,
Ernesto Batista
Nenhum comentário