PACEP/2012 – Com 33.042
candidatos inscritos, a prova foi realizada neste domingo (20), em 18
municípios do Maranhão, incluindo a capital, São Luís.
O seletivo, que oferece 6 mil vagas distribuídas entre 13 cursos, ocorreu
em clima de tranquilidade e segurança.
De acordo com a Presidente da Comissão do PACEP, Profª Fátima Rios, o processo
foi mais um desafio para o UemaNet, que já aplica mensalmente mais de 6 mil
provas, em 32 polos de apoio presencial aos alunos de cursos a distância. Ela
ainda disse: “A aceitação dos cursos técnicos pela sociedade maranhense
demonstrada no PACEP, indica o potencial para a formação profissional no
Maranhão. E a UEMA, por meio do UemaNet, está atenta a essa demanda, com
condições de contribuir para o desenvolvimento do Estado”.
Atendimento
especial –
Durante a prova o Núcleo teve uma equipe para receber de forma acolhedora
aqueles candidatos com necessidades educacionais especiais, ou melhor, os que
solicitaram atendimento especial. Acompanhando eles estavam especialistas na
linguagem de libras, ledores, empresta mão, além da disponibilidade de
equipamentos para aqueles com dificuldades de locomoção e atendimento para
lactantes. A ação aconteceu tanto na capital quanto nos interiores.
“Acreditamos que a inclusão no ambiente educacional é essencial para o
fortalecimento da dignidade e exercício dos direitos humanos”, destacou a
Coordenadora do Núcleo de Educação Especial do PACEP/2012, Profª Ivone das
Dores de Jesus.
A coordenadora entrou em contato com todos os candidatos, que
solicitaram atendimento especial, com o intuito de conhecer a fundo a realidade
deles e saber o tipo de necessidade especial de cada um. Uma forma também de
fazê-los se sentirem acolhidos. “As universidades precisam assumir de forma
cada vez mais efetiva o seu papel de formadoras de profissionais de ensino para
atuar frente à diversidade do aluno nos diversos níveis de ensino”, completou a
professora.
Para o candidato Maik Waldemar, que é surdo, e fez a prova para o
curso Rede de Computadores, essa é uma grande oportunidade. “O meu objetivo é
aprender, é estar inserido no mercado de trabalho”, enfatizou.
O intérprete de Libras Alberto da Silva endossou as palavras de
Maik: “Para nós que estamos diretamente ligados aos surdos é uma vitória. Por
muito tempo a sociedade negou a eles direito de acesso a universidade e a
outros campos da educação. Sendo assim, a UEMA abriu as portas para que eles de
fato progridam no conhecimento, no profissional e, consequentemente, no social.
E eles têm vontade de crescer, de sair do anonimato, e são muito inteligentes”.
Já para o candidato Raimundo Nonato Costa, que é deficiente visual
e fez a prova para Gestão de TI e Informática, essa foi uma oportunidade muito
importante porque, segundo ele, a inclusão social não é só colocar uma pessoa
com limitação em uma sala de aula. “A inclusão é fazer com que essa pessoa
entre na sala de aula e consiga interagir da melhor forma possível com as
demais pessoas. Tem uma frase muito interessante que diz ‘Igualar os iguais e
desigualar os desiguais’, porque que tem limitação tem que ter todo um suporte
para que possa viver com outras pessoas e, nesse sentido, a UEMA está de
parabéns”, ressaltou.
A Prof.ª Darli da Silva Miranda, Pedagoga e especialista em
Psicopedagoga, que no dia da prova estava dando apoio às pessoas especiais,
parabenizou a iniciativa da Universidade.
“Eu ouço falar de inclusão há muitos anos. Mas a verdade é que não há
preocupação nenhuma com a estrutura para receber essas pessoas. E o que eu vi
aqui na UEMA me deixou orgulhosa. O processo realmente oportunizou a entrada
dessas pessoas. E esse é uma ganho muito grande para o UemaNet. Houve
preocupação com mesas adequadas para
cadeirantes, profissionais qualificados para acompanhar cada tipo de
especialidade. O Núcleo não colocou nenhuma barreira para receber essa
clientela”, contou.
Francisco Alves de Oliveira Junior, que é cadeirante e atuou como fiscal
no dia do seletivo, enfatizou que o processo só trouxe ganhos para essas
pessoas. “O processo foi tranquilo. A UEMA fez um trabalho pra lá de especial
por facilitar a entrada dessas pessoas na Universidade. Foi muito gratificante
para mim trabalhar durante a prova e principalmente ao me deparar com a
estrutura oferecida aos que necessitavam de atendimento especial, porque eles
sentem receio de fazerem esses processos quando pensam na estrutura para
recebê-los e a UEMA, por meio do Núcleo, os recebeu de uma forma acolhedora”,
realçou.
Paula Lima - Jornalista
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