Para tentar vaga, eles pegam
carona na campanha de 2010 do deputado. Bordão de ex-deputado Enéas Carneiro
também é usado por candidato.
Candidatos a vereador no Ceará pegam carona na
campanha eleitoral de Tiririca (PR-SP), eleito deputado federal em 2010, e usam
o slogan do conterrâneo cearense "pior que tá não fica" para tentar
conquistar votos.
Os candidatos à Câmara Municipal de Juazeiro do
Norte Chaves (PSB), que se veste como o personagem homônimo da série de TV
mexicana, Doidim do Som (PMDB) e Gilvan Luiz do Sem Nome (PMDB) repetem no
horário eleitoral gratuito e obrigatório o slogan de Tiririca. A assessoria de
imprensa do deputado diz que Tiririca não fará comentários sobre o uso do
bordão.
Em 2010, o palhaço cearense foi o deputado federal
mais votado do Brasil, com 1,3 milhão de votos. Ele se elegeu pelo PR de São
Paulo. Devido ao sistema de eleição proporcional, os votos de Tiririca ajudaram
a eleger outros três deputados da coligação.
Neste ano, Tiririca tem feito campanha pelo país
para ajudar os candidatos de seu partido. O deputado já esteve em cidades do
interior de São Paulo e da Bahia, segundo sua assessoria. Correligionários
chegaram a cogitar uma candidatura sua à Prefeitura de São Paulo, mas ele não
se lançou candidato.
Em 2010, durante a campanha, Tiririca foi acusado
de falsificar a declaração de escolaridade. Em uma audiência feita no TRE-SP,
no entanto, ele comprovou ser capaz de
"ler e escrever", o mínimo exigido pela legislação
eleitoral.
'Meu nome
é Enéas'
Outro slogan conhecido nacionalmente foi copiado por um candidato a vereador em Fortaleza. No fim dos seus oito segundos na televisão, Enéas (PTN) conclui com um "Meu nome é Enéas", uma referência ao bordão do ex-deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007 e detentor do recorde de votos em uma eleição para a Câmara dos Deputados. Em 2002, obteve 1,5 milhão.
Outro slogan conhecido nacionalmente foi copiado por um candidato a vereador em Fortaleza. No fim dos seus oito segundos na televisão, Enéas (PTN) conclui com um "Meu nome é Enéas", uma referência ao bordão do ex-deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007 e detentor do recorde de votos em uma eleição para a Câmara dos Deputados. Em 2002, obteve 1,5 milhão.
Em Fortaleza, candidatos humoristas aparecem
fantasiados com seus personagens durante o horário eleitoral, caso dos
comediantes Marmota (PSB) e Raimundinha (PSB).
Também disputam o cargo de vereador na capital os
candidatos Homem Caju (PV), Cobrador Anjinho (PV), Tina Taner (PTN) e o
humorista Bolacha (PSB), que promete dar "bolachada" na corrupção.
O travesti João dos Reis Filho, que tem deficiência
auditiva e não fala, tenta vaga de vereador em Juazeiro do Norte com o nome de
Bixa Muda (PTN) e o slogan "Juazeiro muda com a Bixa Muda". A
candidatura chegou a ser impugnada pelo promotor de Jusiça José Carlos Félix da
Silva, que alegou "carência de discernimento". Bixa Muda recorreu,
fez uma avaliação psicológica a pedido da Justiça Eleitoral e se manteve na
disputa.
Em Juazeiro do Norte, também concorrem ao cargo de
vereador Gato a Jato (PTN), Chico do Pezão (PPS), Jesus do Hip Hop (PHS),
Gomes, o Padim Ciço do Icasa (PHS), Brancão Sem Preconceito (PMDB), Animal das
Pistas (PT do B) e Estrela que Brilha (PT do B).
Entenda a
eleição para vereador
Votar para vereador significa escolher o próprio candidato ou votar na legenda. No final da eleição, todos esses votos serão somados para o partido. Se mais de um partido se une, formando uma coligação, esta também concentra os votos válidos, como se fosse um partido só. O que define quais partidos ou coligações têm direito de ocupar as vagas em disputa é o quociente eleitoral.
Votar para vereador significa escolher o próprio candidato ou votar na legenda. No final da eleição, todos esses votos serão somados para o partido. Se mais de um partido se une, formando uma coligação, esta também concentra os votos válidos, como se fosse um partido só. O que define quais partidos ou coligações têm direito de ocupar as vagas em disputa é o quociente eleitoral.
Esse número é obtido pela divisão do total de votos
válidos apurados pelo número de vagas a serem preenchidas. Se o número não for
inteiro, fica desprezada a fração igual ou menor do que meio. Se for superior,
é equivalente a mais um.
Em seguida, é feito o cálculo do quociente
partidário. Os votos válidos recebidos pelos partidos da coligação (nominais ou
de legenda) são divididos pelo quociente eleitoral, resultando no número de
cadeiras que a coligação pode ocupar. Os melhores colocados de cada partido ou
coligação preenchem as vagas.
Por isso existe a figura do "puxador de
votos", aquele que consegue acumular uma quantidade de votos tão grande
que leva para cima o quociente eleitoral e acaba garantindo – além da dele –
mais vagas para a coligação, nas quais entram candidatos que tiveram poucos
votos.
Os "puxadores" normalmente são
celebridades ou personalidades muito conhecidas, que os partidos e coligações
lançam como candidatos na eleição proporcional para alavancar a votação e
aumentar o quociente eleitoral.
Do G1 CE
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