“Todos
esses prédios já são objeto de negociação com os governos estadual e municipal
para que sejam transformados em moradia popular”, explicou o coordenador, que
está com integrantes do movimento em um prédio na Rua das Palmeiras com a
Helvétia. De acordo com Borges, 250 famílias devem ficar no imóvel, um antigo
hotel, até que o governo providencie uma moradia. “Nós já informamos ao governo
que se quiser negociar tem que resolver o problema dessas famílias que não têm
para onde ir”.
Ao
todo, cerca de 2 mil pessoas participam da ocupação dos 11 prédios abandonados,
segundo Borges. Por enquanto, apenas as lideranças do movimento estão se
pronunciando. Os demais participantes não estão dando declarações.
De
acordo com Borges, uma comissão de representantes da Secretaria Municipal de
Habitação procurou o movimento na manhã de hoje para negociar uma reunião com o
secretário da pasta. “Respondemos que estamos abertos à conversa e esperando a
data da audiência”.
Em
nota, a Secretaria Municipal de Habitação informou que do total de
prédios ocupados, quatro estão inseridos no Programa Renova Centro, destinado à
criação de moradias populares. Os tais imóveis são os seguintes: prédio na Rua
José Bonifácio, 137, que tem convênio com a Universidade de São Paulo (USP)
para a criação de moradias; prédio na Avenida Ipiranga, 879, decretado de
interesse social; prédio na Avenida São João, 253, também decretado de
interesse social e com ação judicial de desapropriação e o Hotel Lord, na Rua
das Palmeiras com a Rua Helvétia, que aguarda licenciamento ambiental para
licitação da obra.
A
maior parte dos prédios fica na região central de São Paulo. Foram ocupados
mais dois prédios, sendo um no bairro Nova Cachoeirinha, na zona norte, e outro
na Estrada de Itapecerica, na zona sul.
Agência
Brasil
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