Este final de semana será marcante e decisivo para os moradores do
povoado Piquiá de Baixo, em Açailândia (MA). Dos dias dois a cinco de novembro
a Associação de Moradores do bairro vai se reunir com vários órgãos para tratar
sobre o processo de reassentamento das famílias que há décadas sofrem as
consequências da poluição emitida por cinco siderúrgicas instaladas a poucos
metros das habitações.
A assessoria técnica selecionada para o projeto urbanístico e
habitacional, Usina CTAH, de São Paulo, vai dialogar, durante quatro dias com a
população de Piquiá de Baixo e com as instituições locais e estaduais. Está
prevista uma sequencia de reuniões, iniciando na sexta-feira e tendo a presença
do Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria
Pública do Estado (DPE), Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania
(Sedhic), Prefeitura Municipal de Açailândia, Rede Justiça nos Trilhos (JNT),
Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos ‘Carmen Bascarán’ (CDVDH-CB) e
Paróquia São João Batista.
O objetivo das reuniões é discutir sobre o processo de reassentamento dos
moradores de Piquiá de Baixo, bem como construir com todas as famílias
critérios e procedimentos definidos coletivamente para a definição do projeto
urbanístico e habitacional.
No povoado Piquiá de Baixo moram 380 famílias em contato
diário com um nível de poluição alto que compromete a qualidade de vida e que
já foi responsável por mortes e inúmeras doenças. Em março desse ano foi
confirmada a legalidade da desapropriação de um terreno para o reassentamento
das famílias. Agora essas reuniões vão dar continuidade as atividades, para que
seja finalmente garantida aos moradores de Piquiá de Baixo segurança
habitacional, saúde e dignidade de vida.
Rede
Justiça nos Trilhos
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