SALT LAKE CITY, UTAH — O funeral de Frances J. Monson,
esposa de Thomas S. Monson, presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, será realizado no Tabernáculo de Salt Lake às 12h00 desta
quinta-feira, 23 de maio. O público está convidado ao serviço funeral. Não
haverá visitação pública. Detalhes adicionais serão informados em breve.
Frances
J. Monson, faleceu na sexta, 17 de maio, em um hospital da cidade de Salt Lake,
rodeada pela família. Ela havia sido hospitalizada havia várias semanas antes e
faleceu pacificamente de causas inerentes à idade. A irmã Monson tinha 85 anos.
Reconhecida
por seu marido como um farol de amor, compaixão e encorajamento na família, a
irmã Monson viveu uma vida centrada em Cristo em palavras e atos. Ela será
sempre lembrada por sua bondade e seu tranquilo e constante apoio a seu marido
nos deveres dele na Igreja.
Nascida
em 27 de outubro de 1927, Frances Beverly Johnson era a filha mais nova e única
entre os cinco filhos de Franz E. Johnson e Hildur Booth Johnson. Seus pais
ficaram felizes em ter uma filha e imediatamente lhe deram o nome de Frances,
em homenagem a seu pai, Franz.
Ela
cresceu em Salt Lake City, Utah, durante a Grande Depressão, quando aprendeu o
valor do trabalho e da frugalidade, o que lhe foi de grande proveito em toda a
sua vida. Formou-se na East High School e na Universidade de Utah, onde se destacou
em matemática e ciências. Quando lhe perguntaram por que ela se matriculou
nesses cursos difíceis, ela respondeu com um brilho nos olhos: "Porque lá
estavam todos os rapazes bonitos". Frances também foi exímia pianista e
muitas vezes era vista jogando tênis no Liberty Park durante a adolescência.
Mais tarde, trabalhou na contabilidade de uma grande loja de departamentos para
ajudar a pagar a faculdade.
Foi
também durante seus dias de universidade que conheceu um belo jovem, também de
ascendência sueca, Thomas Spencer Monson, na época conhecido como Tommy.
"A primeira vez que vi a Frances, eu sabia que tinha encontrado a pessoa
certa", ele diria mais tarde sobre seu namoro. Eles se conheceram em 1944
e se casaram em 7 de outubro de 1948, no Templo de Salt Lake.
O
casal foi abençoado com três filhos: Thomas Lee, Ann Frances e Clark Spencer.
Os filhos logo souberam que tinham uma mãe muito especial. Ela ajudou os filhos
a comprar e criar pombos Birmingham Roller e a aprender sobre eles, chegando ao
ponto de levar seu filho à Inglaterra para conhecer um especialista nessas
aves. Ela deixou outro filho criar uma cobra de estimação na banheira. A
maioria das mães iria estremecer com a palavra cobra, e jamais permitiriam ter
uma na banheira. O rebanho, o bando e seja lá o que mais fosse de coletivos de
animais domésticos, todos, galinhas, pombos, mais um cão, gansos e outros
animais, todos fizeram parte dos pets da família.
A
filha, Ann Dibb, disse que sua mãe sempre foi exímia em contabilidade e
orçamento, e "sempre sabia onde estavam as melhores pechinchas". A
mãe de Ann seguiu o previdente conselho da Igreja de economia e
autossuficiência, fazendo seu dinheiro de supermercado ir mais longe,
pesquisando e comprando itens nas liquidações para, em seguida, armazená-los em
casa. Até recentemente, ela continuou a ler os jornais de Salt Lake à procura
de cupons e promoções.
Ela
era conhecida como a “faz-tudo” da família. Cedo, em todas as manhãs de Natal,
Frances podia ser encontrada montando bicicletas, consertando brinquedos e
casas de boneca e, em outras ocasiões, consertando um interruptor ou cuidando
do vazamento de um encanamento. Ann disse que seu pai admitia que esse era o
talento da mãe dela, não dele.
Ela
serviu na Sociedade de Socorro e na Primária e passou muitas horas preparando
aulas para esses chamados. Ela também atuou ao lado do marido quando ele foi
chamado para presidir a Missão Canadense da Igreja, com sede em Toronto,
Ontário entre 1959 e1962. Ambos concordam que a missão foi uma bela experiência
que lhes deu muitas oportunidades de aprender e crescer espiritual e
intelectualmente.
Frances
foi abençoada com um agradável senso de humor, parte do qual o Presidente
Monson compartilhou em um discurso de conferência geral: "Muitos anos
atrás, minha querida esposa foi para o hospital. Ela deixou um bilhete para os
filhos, dizendo: "Queridos filhos, não deixem o papai tocar no
micro-ondas, nem no forno, na máquina de lavar pratos... “— seguido por uma
vírgula. ‘Tenho vergonha de adicionar o que mais ela tinha posto na lista’. Sua
receita para a vida incluía muito encorajamento, bondade e trabalho árduo, com
uma boa dose de humor”.
Mais
importante ainda, Frances será mais lembrada pelo amor e pelo apoio que ela
mostrou ao marido e à família e pelo serviço prestado aos outros. Ann disse:
"Ela amava muito meu pai e reconhecia os talentos e dons que ele tinha, e
tinha prazer em apoiá-lo e ajudá-lo a ampliar esses talentos." Ela apoiou
totalmente o marido em todos os seus deveres na Igreja. Ela também gostava de ser
mãe, continuamente ensinando aos filhos a importância do sacrifício e do
serviço ao Senhor.
Ann
compartilhou um exemplo do apoio que sua mãe dava ao pai em seus chamados na
Igreja. Como membro recém-chamado do Quórum dos Doze Apóstolos, o então Élder Monson
foi designado para falar em uma reunião geral do sacerdócio. Frances tentou
ficar na porta do Tabernáculo de Salt Lake para ouvir o marido falar, mas os
porteiros não o permitiriam. Então ela ficou tão perto da janela quanto
possível para ouvir o discurso. Ela gostava de ouvir e mostrar o seu apoio, e
acompanhou-o muitas vezes nas visitas a idosos e pessoas que tinham problemas
de saúde.
Frances
irradiava paciência e compaixão quando servia aos outros. Ela carinhosamente
cuidou de sua mãe, que sofreu de câncer por mais de seis anos. Em abril de
1988, as Irmãs de Caridade da Villa Saint Joseph, uma entidade de assistência a
idosos, presentearam Frances e seu marido com o Prêmio de Cuidados
Humanitários, homenageando ambos por seu serviço dedicado e incansável
prestados aos idosos de Utah.
Frances
Beverly Johnson Monson nunca procurava ser o centro das atenções, e sempre foi
gentil, amável e solidária, em tudo o que dizia e fazia. Sua tranquila
influência sentida em todo o mundo fará muita falta.
Uma
nota anterior feita pela Igreja se referiu a Frances Monson pelo seu nome do
meio com a inicial "B" ao invés de seu nome do meio de solteira com a
inicial "J". A família soliciatou que seja utilizado a inicial
"J" como seu nome do meio.
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