A entrega do projeto representa um avanço na luta por uma
moradia digna às famílias de Piquiá de Baixo.
Na próxima terça-feira (21) acontece audiência pública para apresentação
e entrega do projeto urbanístico e habitacional do novo bairro para os
moradores de Piquiá de Baixo. A audiência foi convocada pelo Promotor de
Justiça Leonardo Rodrigues Tupinambá, da segunda Promotoria de Justiça e
acontece às 9 horas, na Câmara Municipal de Açailândia.
De acordo com a assessoria da segunda Promotoria de Justiça
do Município, foram convidados para a audiência, a Prefeita do Município,
Gleide Santos, o Procurador do Município, Dr. Mendes, o Secretário Executivo do
Sindicato
das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão (Sifema), Dr. Marcos Souza, o Defensor Público, Dr. Igor Arruda e o
Secretário de Estado de Agricultura e Presidente do Sebrae, Cláudio Azevedo,
dentre outras autoridades.
Os representantes dos moradores vão apresentar oficialmente o
projeto que foi elaborado com a assessoria técnica do Centro de Trabalhos para
o Ambiente Habitado (Usina CTAH) em conformidade com as necessidades das
famílias que compõem o bairro.
A entrega do projeto às autoridades do município representa
um avanço na luta por uma moradia digna às famílias de Piquiá de Baixo. Há
décadas elas sobrevivem ao lado de cinco siderúrgicas, sofrendo com a poluição.
Após muito trabalho da Associação Comunitária dos Moradores com o apoio da
igreja e de entidades não governamentais como Rede Justiça nos Trilhos e Centro
de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH), a população conseguiu na
justiça ser reassentada para um novo local.
No dia seguinte (22) o mesmo acontece em audiência, às 14h30,
no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, em
São Luís. Após a aprovação, começa o trabalho de procura das linhas de
financiamento para a construção do bairro.
“Essa é apenas
uma das etapas do reassentamento. Muitas outras ainda têm que
ser efetivadas para tornar o reassentamento possível e retirar as famílias
dessa condição indigna. Por exemplo, é necessário que a em presa Vale também
assuma a sua responsabilidade pela situação e repare esse
dano contribuindo com recursos para a construção das casas”, afirma
Sislene Costa, membro da Rede Justiça nos Trilhos. O
projeto é a base para a continuidade do processo de reassentamento dos
moradores.
Rede
Justiça nos Trilhos
Nenhum comentário