Quatro pessoas foram presas na manhã desta
terça-feira (5) por suspeita de agiotagem e desvio de recursos públicos no
Maranhão dentro da segunda etapa da “Operação Imperador”, da Polícia Civil e do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A operação, segundo a Polícia Civil, ainda está em
andamento, mas, pelo menos, quatro nomes já foram confirmados. Entre eles estão
Richard Nixon dos Santos, atual prefeito da cidade de Bacuri, o empresário
Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan, Perachi Roberto
Farias, ex-prefeito da cidade de Marajá do Sena, e José Epitácio Muniz, que é
contador da mesma prefeitura e, segundo a polícia, seria dono de empresas de
fachada que operavam no esquema de agiotagem. Todos foram foram encaminhados
para a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
A polícia também confirmou que cumpriu mandados de
conduções coercitivas de Rui Clemencio Barbosa, que seria laranja em negócios
da Prefeitura de Zé Doca, e Francisco Jesus Silva Soares, que é empresário
emissor de notas para os municípios de Zé Doca e Marajá do Sena.
“A operação está sendo realizada simultaneamente na
capital e no interior do Estado. São duas operações, a Morta Viva e a
Marrarajá, com base no perfil dos nossos investigados. Informações sobre
apreensões e prisões serão dadas na coletiva de imprensa que será realizada às
15h, na Secretaria de Segurança”, disse o delegado-geral de Polícia Civil do
Maranhão, Augusto Barros.
Primeira
etapa
No dia 31 de março, foi presa a ex-prefeita de Dom Pedro, no Maranhão, Maria Arlene Barros. Segundo a polícia, mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura entre 2009 e 2012. A suspeita é que o esquema teria desviado R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão.
No dia 31 de março, foi presa a ex-prefeita de Dom Pedro, no Maranhão, Maria Arlene Barros. Segundo a polícia, mais de R$ 5 milhões foram desviados da prefeitura entre 2009 e 2012. A suspeita é que o esquema teria desviado R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão.
No dia 1º, Eduardo Costa Barros, filho da
ex-prefeita mais conhecido como “Eduardo Imperador”, se apresentou na sede da
Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Segundo a polícia,
em nome de Eduardo e de pessoas ligadas a ele existem, pelo menos, dez
empresas, a maioria no ramo de construção civil e locação de máquina. Estas empresas
seriam usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro da prefeitura de Dom
Pedro. Eduardo nega que tenha tantas empresas e que tenha sido beneficiado. Os
dois foram liberados seis dias após a prisão.
Entenda
A “Operação Imperador” é um desdobramento da “Operação Detonando”, iniciada
após o assassinato do jornalista Décio Sá. Em 2012, que prendeu os empresários
Gláucio Alencar e José Miranda, pai e filho acusados de mandar matar o repórter
e de comandar um esquema de agiotagem. Na época, a polícia descobriu que o que
motivou o assassinato foi uma postagem, no “Blog do Décio”, referente à morte
do agiota Fábio Brasil, no Piauí. Na operação, foram apreendidos carros de
luxo, máquinas pesadas como tratores, documentos e descoberta uma conta com
saldo de mais de R$ 5 milhões.
Jornal Pequeno
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