A guerra contra a exploração sexual de Adolescentes, contra as drogas, a criminalidade e a violência: tomei conhecimento na manhã desta quarta-feira, 16/02, que uma menina, Adolescente, que vive uma situação de violação de Direitos absurda (Direitos de todo tipo...) a muitos e muitos anos, desde pequenina, de novo “está nas ruas”, lá pelas bandas da Bueira/Matadouro/Prainha do Jacu/Praça da Biblia/Entroncamento...
Dia desses, foi “liberada” da unidade regional da FUNAC (custódia, semi-liberdade), sentenciada pela justiça por uma agressão a faca a um homem, presumido “amante” a um bocado de anos...
Das ocorrências anteriores repercutirem na mídia local, quando foi “apreendida” em flagrante em situações de exploração sexual, seus “clientes”/ agressores presos, mas em seguida soltos, absolutamente impunes.
A menina, devidamente “induzida, educada” pela bandidagem e exploradores/as, que andam livres, leves e soltos/as, ganhando dinheiro e prazer às custas do sacrifício da Infância, nesta terra (quase...) sem lei, enveredou pelos caminhos das drogas e da criminalidade.
Família, comunidade, sociedade , Estado/governos, simplesmente “acompanham” impotentes o suicídio, diria assassinato, dessa menina, sua jornada inevitável e irrefreável rumo à destruição moral, física, emocional, social...
Para essa menina, emblema de outras tantas e tantas meninas (e também meninos...) aliciadas/os- exploradas/os escancarada e descaradamente em Açailândia, em locais sobeja e publicamente notórios, tais como Gigantão, Praças do Pioneiro e da Bíblia, “Agarradinhos e Lotadinhos da vida”, Entroncamento, Rodoviária, “Casqueiro”, BRs, ações sociais e políticas públicas (programas, projetos,serviços...) não passam de meras fantasias, inutilidades totais, incapazes sequer de arranhar possibilidades de “recuperação”.
Representam a ineficácia e a bancarrota dessa ações sociais e políticas públicas, infelizmente.
Mas ao mesmo nos obrigam a um repensar, um reposicionamento, um refletir mais humano, ao mesmo tempo mais contundente e sério, sobre essa realidade terrível, que nos afronta como sociedade organizada, cidadã, civilizada (e cristã...) e afronta a dignidade de Adolescentes, cassando-lhes o futuro pela destruição de seu presente, este cotidiano intolerável em que vegetam!
Eduardo Hirata
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