Jorge Werthein, doutor em Educação e a socióloga Miriam Abramovay, reforçam que a situação de violência vivida por escolas brasileiras nos dias atuais é preocupante. Em artigo publicado no jornal “Diário Catarinense”, os especialistas acreditam que casos de violência “já fazem parte do cotidiano” e defendem que “a solução para os problemas passa pela ação conjunta de familiares, educadores, governo e sociedade civil. E também dos meios de comunicação. Todos têm sua parcela de contribuição para a formação de crianças e adolescentes dentro e fora das escolas. Os projetos de convivência escolar podem mudar situações de violência. Tais iniciativas precisam sair do papel e de preferência que atuem dentro de um espectro mais amplo, que contemple o entorno da escola, famílias, vizinhos, polícia”, garantem. |
· Em Açailândia do Maranhão, a greve do professorado da rede municipal de ensino, que vem desde 13/06, certamente agravará este quadro, por si próprio já bastante conturbado e preocupante.
· Afinal de contas, a garotada sem aulas,na grande maioria não serão “ocupadas” devidamente e ganharão as ruas e praças, diante da crescente impotência e inabilidade das famílias, por motivos diversos.
· Vários eventos de violência já foram registrados neste ano de 2011, inclusive no âmbito policial, e já se deram muitas”transferências”, o que não deixam de causar uma série de constrangimentos e aborrecimentos, não só às Crianças, como famílias e restante das comunidades escolares.
· Apesar do empenho, reconheça-se, de muitas escolas, em enfrentar o “bullying”, por exemplo, o que se constata é a fragilidade e inocuidade dessas ações “isoladas”, e a ausência de uma política, um programa, consistente e permanente, que propicie formação, recursos e condições às escolas e comunidades não só a “prevenção ao bullying e à violência”, como o tratamento de seus efeitos.
· Boas ações, como o “PROERD” e a “FICAI”, não estão mais sendo executadas. E boas idéias e experiências, como a “Justiça Juvenil Restaurativa”, não são verdadeiramente tentadas.
· Conselhos Municipais (como o dos Direitos da Criança e do Adolescente/COMUCAA e o Tutelar, Defensoria Pública Estadual, Judiciário,Ministério Público Estadual, serviços como o CREAS/Centro de Referência Especializado de Assistência Social), vêm realizando “Caravanas da Cidadania”, que já estiveram em vários assentamentos neste ano, mas admita-se que é muito pouco para a dimensão do problema.
· O “Programa MAIS EDUCAÇÃO”, ora em desenvolvimento em quase metade das escolas da rede municipal de ensino, pode ser uma boa atividade “anti-bullying”.
· E algumas escolas, como a Jesus de Nazaré (Baixão/São Francisco) e Jurgleide Alves Sampaio (GETAT), embora não sejam unanimidades (como dizia o saudoso Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra...), sem dúvida reduziram o “bullying” e a violência, com boas experiências em atividades de arte, cultura, direitos humanos, esportes, meio ambiente.
Enviado por Eduardo Hirata
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