O mórmon Romney monopoliza atenção e ataques em debate marcado pela economia

Romney monopoliza atenção e ataques em debate marcado pela economia
Washington, 16 jan (EFE).- Mitt Romney assumiu de vez nesta segunda-feira o papel de claro favorito para representar o Partido Republicano na disputa pela Presidência dos Estados Unidos, em um debate no qual seus rivais chegaram a dirigir-se a ele como o virtual vencedor das primárias.
A situação econômica e os ataques em torno das estratégias de campanha centraram o primeiro dos dois debates que os pré-candidatos republicanos manterão na Carolina do Sul antes das primárias de 21 de janeiro.
O alvo, acima até mesmo do presidente Barack Obama, foi Romney, sobretudo após a retirada e o consequente anúncio de apoio de um dos aspirantes, Jon Huntsman.
Seus quatro oponentes restantes, que concorrem para acumular os votos conservadores do partido, manifestaram que o ex-governador de Massachusetts deve ser mais transparente em seus números de campanha.
O fogo cruzado que os aspirantes lançaram através dos anúncios de suas campanhas também protagonizou o debate, especialmente depois que Huntsman lamentou que a corrida tenha 'se tornado uma avalanche de ataques pessoais'.
O ex-porta-voz da Câmara de Representantes Newt Gingrich defendeu sua agressiva propaganda contra Romney ao assinalar que 'campanha é fazer perguntas'.
Enquanto o congressista Ron Paul defendeu as propagandas que 'mostram a verdade' sobre um candidato, o favorito na corrida se queixou de ser objeto de ataques 'onerosos e completamente imprecisos'.
Conscientes de que a Carolina do Sul apresenta atualmente taxa de desemprego de 9,9%, os aspirantes deram atenção especial ao tema da criação de postos de trabalho, e o governador do Texas, Rick Perry, se atreveu a assegurar que o estado 'está em guerra com o Governo federal'.
Por sua vez, Gingrich e Perry criticaram o ex-governador de Massachusetts por seu período à frente da Bain Capital, uma empresa de capital privado que comprava companhias a fim de remodelá-las, mas após o que muitas delas se declararam em quebra.
Romney insistiu que quando ele dirigiu a companhia, nas décadas de 80 e 90, esta tinha sólidos resultados, e defendeu que a quebra é, às vezes, uma 'oportunidade de reestruturação' para as empresas.
Mas o momento mais incômodo para o favorito no debate aconteceu quando um moderador perguntou se ele teria assinado a mesma lei de despesas da Defesa que Obama rubricou em 31 de dezembro, e que impõe custódia militar a todo detido por terrorismo.
A resposta afirmativa de Romney provocou uma vaia geral entre a audiência.
'Aqueles que colaboraram com a Al Qaeda não têm direito a um processo legal corrente. Devem ir para a prisão', explicou.
Por outro lado, o ex-senador Rick Santorum assinalou que 'deveria ser mantido o padrão para que os cidadãos americanos detidos indefinidamente tenham o direito de serem julgados'.
Dias após transmitir na Flórida sua primeira propaganda em espanhol, Romney se defendeu frente às críticas dos que o veem como um candidato oposto aos interesses dos hispânicos, especialmente por sua promessa de vetar o 'Dream Act', um projeto de lei que abriria o caminho à cidadania para alguns imigrantes ilegais menores de 16 anos.
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EFE

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