O líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Marcelo Tavares
(PSB), solicitou, na sessão desta terça-feira (30), que a bancada do governo
adie o pedido de urgência para votação do empréstimo de R$ 3,8 bilhões, enviado
pela governadora Roseana Sarney (PMDB) para a apreciação da Assembleia
Legislativa. O requerimento que pede urgência na votação da mensagem,
apresentado pelo líder do Governo, Tatá Milhomem (PSD), ficou para ser
analisado na sessão desta quarta-feira (31).
Marcelo Tavares
solicitou aos governistas que a proposta do empréstimo seja antes debatida
detalhadamente em plenário, para que a população tome conhecimento do destino
que será dado aos recursos, que virão do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), do Governo Federal. O líder do bloco de oposição
lembrou que no ano passado a Assembleia já aprovou outro pedido de empréstimo
apresentado pela governadora, no valor de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, e,
assim, o Estado vai ficar com endividamento recente acima de R$ 5 bilhões.
Lembrou também que
quando o então governador Jackson Lago chegou ao poder o Maranhão já devia R$
5,7 bilhões e com o pagamento de parte da dívida e o aumento da receita o
Maranhão passou a ter capacidade de endividamento grande. “Nem Zé Reinaldo e
nem Jackson Lago contraíram grandes empréstimos, e vem a senhora governadora
pedir cinco bilhões de reais de endividamento para as futuras gerações de
maranhenses pagarem! E para tentar usar este dinheiro para tentar comprar uma
eleição em 2014”, acusou.
De acordo com o
deputado do PSB, “o povo pobre do nosso Estado não merece isso, isso é uma
indignidade”, e questionou os motivos dos deputados aprovarem o pedido sem
informações detalhadas dos projetos para os quais os recursos serão destinados.
“Pode um governo que
já fez dois bilhões de reais em dispensa de licitação endividar o futuro dos
maranhenses? Deputados é uma vergonha, todos nós fomos eleitos para representar
os maranhenses nesta Casa, nós não temos esse direito. E muito menos de fazer
sem discutir. Por que não chamamos aqui o secretário de Planejamento para
explicar onde vai ser gasto o empréstimo?”, sugeriu.
Waldemar Terr / Agência Assembleia
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