Hoje, a Diletto fatura 25 milhões por
ano e tem cerca de 2000 pontos de vendas

Passados mais de 80 anos, ele resolveu,
então, reabrir reabrir a pequena empresa do avô. “Na época eu
tinha uma importadora. Mas resolvi fechar o negócio para investir no sonho do
nonno. Percebi que o mercado de sorvetes estava estagnado e vi uma boa
oportunidade para criar algo novo. Por isso, morei dois anos na Itália, onde
aprendi tudo sobre os sorvetes artesanais, e adaptei os ingredientes de hoje
aos que ele usava naquela época, já que queria um sorvete de massa no palito”,
diz.
De volta ao Brasil, perto da época de
lançar a marca, Scabin conheceu o publicitário Fábio Meneghini, que hoje é um
de seus sócios. Juntos eles
entenderam que era preciso investir em algo sofisticado para atrair a atenção
dos clientes. “E deu super certo. Se eu fizesse sozinho provavelmente faria uma
embalagem mais agressiva. Mas a experiência do Meneghini mostrou que a
embalagem deveria ser mais requintada”, conta o engenheiro, que reconhece que
as distintas áreas de seus sócios contribuem para a melhora da marca.
O lançamento da Diletto aconteceu no
final do ano de 2008, em Trancoso, Bahia. “A ideia então era termos 40 pontos
de venda até o final do ano. Mas no meio de 2009 esse número já havia chegado a
400”, lembra Scabin. Foi aí que outro sócio entrou no negócio para complementar
a dupla. “Percebemos que a Diletto não precisava de caixa porque já estava
estabelecida, mas precisava de gestão”, diz.
E o empresário Fábio Pinheiro,
que desde criança sonhava em ter uma fábrica de picolé, trouxe o que faltava
para a empresa. “A Diletto é relativamente jovem. Estamos no nosso 4º ano de
vida. Nos primeiros anos tivemos um crescimento meteórico e pretendemos manter
um forte crescimento orgânico. Por isso, nossa expectativa é de manter taxas de
crescimento superiores a 100% ao ano nos próximos anos”, projeta Pinheiro.
2017 está logo aí
A parte de estruturação da
empresa provou, também pelos números, que a marca é um sucesso. Hoje a Diletto
fatura 25 milhões por ano, tem cerca de 2000 pontos de vendas – todos de
propriedade dos sócios –, e conta com 12 sabores de picolé e quatro de copo.
“Essa é, aliás, uma de nossas novidades. Recentemente lançamos o sorvete de 500
ml em uma embalagem biodegradável”, conta Scabin, que sempre está na fábrica dando
pitacos de novos sabores a serem desenvolvidos.
As metas não param por aí.
“Nós sempre atendemos demandas de eventos e agora vamos estar ainda mais
presentes nesse mercado, já que se trata de um ramo potencialmente grande.
Decidimos investir e criar um departamento exclusivo para atender a essa
demanda e, por isso, vamos adotar uma postura mais ativa, buscando mais
negócios e fechando parcerias com empresas e buffets de casamentos e
aniversários, além de atuar com agências promocionais para feiras e eventos
corporativos. Com isso, esperamos dobrar o número de eventos atendidos”, conta
Meneghini.
Outro objetivo é crescer no
varejo. “Ele vai nos ajudar a ter mais visibilidade, aumentar a experimentação
e conhecimento, além de pulverizar a marca”, avalia Pinheiro. Para tanto, a
Diletto tem um plano de negócios estabelecido até 2017. Nele, segundo Scabin,
constam objetivos de supernacionalização da marca e, depois, de globalização.
“Estamos trabalhando para atingir essa meta. Se seguirmos a lógica, conseguiremos,
pois em 2011 já ultrapassamos a meta em 22%”, revela.
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