Em junho do
ano passado, a presidente Dilma Rousseff lançou um programa bilionário com o
objetivo de modernizar o aparelho estatal e, de quebra, estimular a economia,
que já caminhava a passos lentos àquela altura.
Batizado de
PAC Equipamentos, esse pacote previa a liberação de 8,4 bilhões de reais para a
compra de materiais e maquinário pelos ministérios - incluindo a pasta da
Defesa e as forças militares a ela vinculadas, sempre queixosas de um quadro de
sucateamento a que estariam submetidas.
Ao contrário
do que ocorre em outras modalidades do PAC, o novo projeto saiu do papel. Só o
Exército gastou 1,8 bilhão de reais em caminhões, veículos blindados e até
lançadores de mísseis. Mas, como é, infelizmente, praxe nas empreitadas civis,
a corrupção parece ter encontrado uma brecha na esfera militar.
Oficiais do
Exército estão sendo investigados por terem sido acusados de achacar
empresários que venceram licitações para fornecer equipamento à força
terrestre. Eles teriam exigido propina em troca da assinatura dos contratos.
Reproduziram, assim, um modelo de desvio de verba pública que foi consagrado
recentemente nos ministérios dos Transportes e do Trabalho.
(Revista
Veja)
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