O professor de 44 anos, preso suspeito de molestar 18
alunas em Goianira, a 32 quilômetros de Goiânia, já havia sido denunciado pelo
mesmo crime, em dezembro do ano passado, no colégio onde
lecionava em Aparecida de Goiânia. Após a acusação da mãe de uma das alunas,
ele pediu a exoneração do cargo. O suspeito trabalhou nessa unidade de ensino
de 2010 a 2013.
As outras denúncias de abuso foram feitas em Goianira. As
vítimas têm entre 8 e 11 anos. Detido no último sábado (8), ele nega as
acusações.
Trabalhando no ensino fundamental em uma escola municipal de
Goianira, o homem começou a ser investigado pela polícia depois que uma das
meninas criou coragem e contou a história em casa. Segundo a polícia, os abusos
aconteciam dentro da sala de aula. Começaram em fevereiro e foram descobertos
em maio.
Segundo o relato das alunas, o crime acontecia durante o
intervalo das aulas. O professor dividia a turma de 35 alunos em dois grupos.
Enquanto os meninos brincavam nos fundos da sala, as garotas eram abusadas pelo
suspeito, que as ameaçava para que não contassem o que acontecia no local.
“Ele falava que o que acontecesse na sala, de bom ou de ruim,
era para ficar lá na sala, não era para contar a ninguém. Que eles eram uma
família”, disse a mãe de uma das meninas, que preferiu não ser identificada.
As 18 alunas ouvidas pela psicóloga da Secretaria de Educação
(Seduc) Eliany Matos Guimarães contaram histórias parecidas. “Ele tocava
as meninas, tocava perna, algumas relataram até de tocar a parte dos seios. Ele
dava beijos na orelha, no cantinho da boca e teve casos de por no colo pra
brincar no computador. Ele tomou o ambiente, conquistou a confiança delas e foi
aumentando as atitudes erradas”, detalha a psicóloga.
Aos pais, a psicóloga faz um alerta: “Criança aumenta, mas não
inventa. Então chegou com uma historinha mais assim, procura saber! Vai na
escola, procura a coordenação, questiona todo dia com a criança. É algo pequeno
que a gente vê algumas coisas grandes. Porque foi começando pequenininho. Se
tivesse na primeira indagação de uma criança a mãe tivesse vindo talvez não
tivesse chegado à proporção que chegou”.
Guarda municipal
O suspeito também era inspetor da Guarda Municipal de Goianira, onde responde a quatro sindicâncias por assédio moral. Um dos guardas maltratados disse que o homem era violento a ponto de apontar a arma para ameaçar funcionários. “Esse cidadão tem que passar por algum tipos de avaliação psicológica, porque já é de tempo que age assim. O comando da guarda sabe disso e nada fez”, reclama o funcionário, que também não quis ser identificado.
O suspeito também era inspetor da Guarda Municipal de Goianira, onde responde a quatro sindicâncias por assédio moral. Um dos guardas maltratados disse que o homem era violento a ponto de apontar a arma para ameaçar funcionários. “Esse cidadão tem que passar por algum tipos de avaliação psicológica, porque já é de tempo que age assim. O comando da guarda sabe disso e nada fez”, reclama o funcionário, que também não quis ser identificado.
A Guarda Municipal informou que a corregedoria abriu um processo
administrativo para investigar o caso e se decidir se o funcionário será
exonerado da função. Do cargo de professor na prefeitura de Goianira, ele já
foi exonerado.
(FONTE: G1)
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