Em um longo perfil publicado neste sábado,
24, pelo jornal norte-americano The New York Times, o presidente do...
Em um longo perfil publicado neste sábado, 24, pelo
jornal norte-americano The New York Times, o presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa, é retratado como alguém direto, sem tato, mas
que não tem medo de enfrentar o status quo brasileiro.
Segundo o perfil, as ações recentes de Barbosa
envolvendo o julgamento do mensalão, além de outros casos que passaram pelo
tribunal, tornaram o ministro do Supremo objeto de fascínio popular. Ainda
assim, em entrevista concedida ao correspondente da publicação no Brasil, Simon
Romero, Barbosa afirmou que seu temperamento não é o mais adequado para o jogo
político.
"Eu tenho um temperamento que não se adapta
bem à política. Isso porque eu falo o que eu penso", disse Barbosa,
personagem do "Saturday Profile" ("perfil de sábado") do
NYT. "Não sou candidato a nada."
Com relação à recente acusação que fez ao colega de
STF, Ricardo Lewandowski, de que o magistrado estaria fazendo
"chicana", Barbosa não se desculpou, ressalta o NYT. Ele disse à
publicação que alguma tensão é necessária para o tribunal funcionar
corretamente.
"Sempre foi assim", disse ele, afirmando
que os argumentos agora são apenas mais fácil de se ver, porque os trabalhos do
tribunal são televisionados.
O jornal fez também uma ligação entre o trabalho do
tribunal e a onda de protestos que tomou o País. Barbosa explicou que discorda
da violência de alguns manifestantes, mas disse acreditar que os movimentos de
rua são "um sinal de exuberância da democracia."
"As pessoas não querem ficar passivas e observar
esses arranjos da elite, o que sempre foi a tradição brasileira", disse
ele.
O Estadão
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