Jerônimo
Goergen, deputado federal do PP-RS, anunciou o fim de seu partido nesta
segunda-feira (9). O deputado afirmou ainda que vai interpelar judicialmente o
doleiro Alberto Youssef por tê-lo citado em delação premiada como um dos
beneficiários no esquema de corrupção da Petrobras.
Ele
chorou ao dizer que estranhou ver nome foi vinculado à propina quando era
deputado estadual, já que o esquema abrangeria somente lideranças federais. Mas
Youssef não deixou isso claro nas delações e falou em uma fraude ampla, que
envolveria diversas esferas do poder.
“Eu
cobrava do meu partido que fizesse política, e a gente não tinha mais a
condição de fazer (política)”, falou Georgen ao explicar que chegou a pensar em
deixar a legenda. “Não há dúvida de que o PP nacional acabou. Temos é que rever
posição do PP gaúcho”, disse. De acordo com depoimento do doleiro, Goergen e
outros deputados da bancada gaúcha do PP recebiam uma “mesada” que variava
entre 30.000 reais e 50.000 reais.
O
deputado que integra a ala oposicionista do partido ao governo Dilma Rousseff
pediu licenciamento para se defender da acusação e afirmou que não tem nenhum
envolvimento com os desvios revelados pela Operação Lava-Jato.
“É
colocado o meu nome como recebedor, mas eu nem estava lá (em Brasília) na época.
Estou respeitando o Rio Grande do Sul ao me licenciar. Houve uma citação e eu
quero que agora o doleiro apresente provas. Até que se entenda o que acontece,
é um choque. Provar a inocência é o desafio da minha vida”, completa o
deputado.
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