Um grupo de 20 trabalhadores, sendo três menores, foram libertados do regime de escravidão em uma fazenda no município de São João do Carú, interior do Estado do Maranhão. Os trabalhadores bebiam água de rio e se alimentavam de carnes que eram estendidas em varais.
Eles atuavam no corte de capim e no roço de juquira (retirada de arbustos, ervas daninhas e outras plantas indesejáveis da plantação) desde o mês de dezembro do ano passado e eram submetidos à condições análogas a de escravo. Nenhum possuía registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Os trabalhadores foram libertados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel para Erradicação do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Os locais destinados ao alojamento eram compostos de barracos de lona plástica montados por eles mesmos dentro da floresta. Nas frentes de trabalho inexistiam instalações sanitárias, local para refeições e água potável.
Segundo o coordenador do grupo de fiscalização, Klinger Fernandes Santos Moreira, os trabalhadores corriam risco de vida na fazenda.
- A situação dos trabalhadores era de extrema precariedade. Estavam expostos, inclusive, a ataques de animais, pois os barracos eram montados no meio do mato.
Os salários estavam atrasados. O grupo de fiscalização efetuou o cálculo e o pagamento de rescisão de contrato de trabalho a todos os trabalhadores, somando R$ 63 mil e também os encaminhou ao seguro-desemprego e as suas cidades de origem.
r7
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