Açailândia está de parabéns, é tempo de festa, de festa de verdade! Comemorar 15 (quinze) anos de idade no Brasil, nem mais em “festa de debutante” (será que extinta por burguesa ser?...), quanto mais uma entidade, que promove e defende a Vida e o Direitos Humanos, numa terra alienada, pouco aí se dando para questões de cidadania, de política (a legítima, não a politiqueira...), de participação popular (e de democracia participativa...), de controle social...
O Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran (antes e a pouco, de Açailândia, sem o nome de uma das protagonistas fundadoras), incompreendido, desconhecido e detestado, sobretudo pelas chamadas “elites dominantes” (política, econômica,socialmente falando...), é um orgulho para toda a população, pois encara até as últimas conseqüências a busca da justiça social, da liberdade e da democracia, que são tão faladas e apregoadas por tantos e tantas, mas nada efetivadas, realizadas, palavrório e discurso vazio, pura demagogia...
Lutas e movimentos, como a do registro civil gratuito, a implantação da Defensoria Pública Estadual (não só aqui em Açailândia, mas no âmbito de todo Maranhão), a guerra titânica contra o trabalho escravo, hipocritamente negado por parte desse povo “desligado” que o Centro justamente se empenha em “sensibilizar e conscientizar”...
Lutas ainda pela erradicação do trabalho infantil, contra a exploração sexual de Crianças e Adolescentes, pelo fortalecimentos dos Conselhos como instrumentos legítimos hábeis de participação popular e controle (atendendo-se ao que diz o artigo 204 da Constituição da República), pela arte e cultura, pela etnia afrobrasileira, raiz de todos e todas nós.
E muitas e outras muitas lutas, que aqui não daria espaço para enumerar...
O Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran, que se atira de corpo e alma na defesa intransigente dos Direitos à Saúde, ao Meio Ambiente Saudável e Sustentável, à Moradia, daquelas centenas de famílias do Pequiá de Baixo, violentadas no corpo e na alma pela sanha mercantilista da indústria siderúrgica e do imperialismo da Vale...
Bravo Centro de Defesa! Sem ele, sem dúvida seria uma “treva obscurantista”, um campo aberto e liberado às violações de Direitos, de todos os tipos! Se as “coisas” estão ruins sem ele, muito pior estariam em ele, serve de alerta e freio às tentações malignas e torpes de exploradores/as, que tomam o povo “por besta...”.
Bravo Centro de Defesa ! Parabéns, e em frente, “que atrás vem gente...”!
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