Após assassinato de índia, líder Guajajara pede mais segurança

Índia foi assassinada com dois tiros no último sábado (28). Indígenas marcam uma manifestação na BR-226 para esta quinta-feira (3).

Após a morte de uma índia no último sábado (28), o líder indígena Raimundo Guajajara fez um apelo, na manhã desta segunda-feira (30), pedindo mais segurança nas aldeias.

A índia, pertencente à tribo Guajajaras, foi assassinada por volta das 14h com dois tiros. O principal suspeito do crime, de acordo com testemunhas, mora com um índia da mesma aldeia da vítima. Após a execução, o assassino fugiu da localidade. A indígena era líder da Aldeia Coquinho II, da reserva Canabrava, localizada entre os municípios de Grajaú, Barra do Corda e Jenipapo dos Vieiras, região centro-sul do Estado do Maranhão.

Raimundo pediu maior policiamento na aldeia. "Queremos força policial porque estamos reféns dessa situação de violência e esse apelo já vem de muito tempo", afirmou o índio.

Ele relatou, também, que a localidade sofre com outros problemas. "Temos outros assuntos pendentes, não tem medicamento na aldeia, nem polícia. Não tem saúde, não tem educação. Vamos fazer o que for preciso porque queremos justiça, não podemos deixar que isso aconteça com outras pessoas", ressaltou Raimundo.

Manifestação
O líder confirmou o protesto marcado para esta quinta-feira (3), na BR-226. "Não vamos liberar a estrada enquanto isso não for resolvido", afirmou. Os indígenas pretendem fechar a BR-226 para cobrar do poder público mais segurança na região. Além de um posto Policia Rodoviária Federal e das outras polícias, os indígenas pedem, também, monitoramento das aldeias situadas na região.

"Os brancos querem mandar mais que os índios nas aldeias, querem ser mais líderes que o cacique. Essas coisas todas que estão ocorrendo são por causa disso", finalizou.

Do G1 MA

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