Participaram da marcha os
municípios de Açailândia,
Vila Nova dos Martírios, São Pedro d’Água Branca, Bom Jesus das Selvas,
Buriticupu, Itapecuru, S. Rita, Miranda do Norte e São Luís. O ato contou ainda com a representação das
quebradeiras de coco babaçu, de estudantes e professores universitários, do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do Conselho Indigenista Missionário, do Sindicato
dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Açailândia, do Centro de Defesa da Vida
e dos Direitos Humanos de Açailândia, dos Missionários Combonianos Brasil
Nordeste e da Rede Justiça nos Trilhos. Vários desses participantes seguirão caminho até a Cúpula dos
Povos, em ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a “Rio+20”.
Foram
convidados os representantes do IBAMA, do Ministério Público Federal (MPF) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para
participarem de uma reunião com os representantes dos municípios que estavam
presentes na manifestação. Somente o IBAMA foi representado, já que os
militantes se concentraram em frente ao órgão para fazer suas reivindicações.
Foi
encaminhada aos órgãos uma carta aberta com todas as reivindicações e denúncias
dos problemas socioambientais que os municípios impactados pelos grandes
projetos da região tocantina sofrem.
“Denunciamos os grandes projetos
econômicos instalados no estado do Maranhão, a exemplo da duplicação da Estrada
de Ferro Carajás (EFC) e da expansão desenfreada do monocultivo de Eucalipto
pela empresa Suzano. Esses projetos têm subvertido os ciclos vitais da
natureza, privatizando e mercantilizando os bens naturais e minerais,
provocando degradação social e ambiental com consequências gravíssimas para
toda população,”
relata a carta aberta.
De acordo
com o professor de Açailândia, Milton Teixeira, para todos os problemas denunciados tem um culpado “e
o culpado é o governo em cada uma das suas instâncias”, afirmou.
O Ministério
Público Federal recebeu a visita de uma delegação representando todas as
comunidades impactadas. Na ocasião, foi protocolada uma denúncia contra a
ilegalidade do licenciamento da duplicação da Estrada de Ferro Carajás, em
concessão à Vale.
Na Cúpula
dos Povos, no Rio de Janeiro os representantes desses municípios vão continuar
com o grito e as reivindicações do Maranhão, reafirmando a luta dos povos por
justiça ambiental e social, contra a mercantilização da vida e em defesa dos
bens comuns.
Larissa Santos
Rede Justiça nos Trilhos
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