Cuidados com a higiene pessoal podem evitar a propagação da meningite

Surto da doença no sul do Estado colocou autoridades de saúde e população em alerta.

SÃO LUÍS – Um surto de meningite, tipo C, na região Sul do Maranhão colocou em alerta as autoridades de saúde no Estado. Ao todo, 34 casos foram confirmados nos municípios de Sambaíba (19), Loreto (sete), São Raimundo das Mangabeiras (cinco), Balsas (dois) e Feira Nova do Maranhão (um). Cinco pessoas morreram. Nessa segunda-feira (10), uma ação emergencial foi iniciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). A mobilização, segundo a secretaria, começou no mês de agosto, quando o primeiro caso da doença foi registrado, e pessoas que tiveram contato com os pacientes estão sendo tratados com antibióticos.

A meningite é uma infecção que se instala, principalmente, quando uma bactéria ou vírus vence as defesas do organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. No caso das meningites virais, o quadro é mais leve e os sintomas se assemelham aos das gripes e resfriados, acometendo, sobretudo, as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e ficam irritadas. Já as meningites bacterianas são mais graves, sendo as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos – transmitidas pelas vias respiratórias ou associadas a quadros infecciosos de ouvido – seus principais agentes causadores. Em pouco tempo, os sintomas aparecem no paciente: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo.
Segundo o médico pediatra Cláudio Araújo, crianças e idosos são os principais grupos de risco. No caso das crianças, a doença pode deixar sequelas. "A meningite, principalmente a meningocócica, é uma doença de risco, aguda, de evolução muito rápida e que, se não for diagnosticada em tempo hábil, normalmente, crianças e adultos vão a óbito. Quando procurada ou diagnosticada a tempo e com a introdução da medicação apropriada, normalmente, reverte-se esse quadro. Outros riscos podem acontecer, como as sequelas. Mesmo que seja procurada, em tempo hábil, a doença corre o risco de deixar sequelas, principalmente em crianças. Sequelas como epilepsias – desenvolver, ao longo da vida, crises convulsivas –, risco de desenvolver uma hidrocefalia – acúmulo de líquido na cavidade craniana – ou alteração cognitiva – desenvolver deficit neuropsicomotor –, dado a agressividade da bactéria", disse. O tratamento, a base de antibióticos, combate os principais sintomas da doença.
Prevenção
A prevenção é feita com a vacinação. Pais e responsáveis por crianças devem manter o calendário de vacinação em dia. Para evitar a propagação da doença, os especialistas, também, recomendam cuidado redobrado com a higiene, como lavagem das mãos com frequência, especialmente antes das refeições. A população deve evitar, ainda, locais com grande aglomeração. O uso de máscaras, no entanto, é recomendado apenas ao ambiente hospitalar ou por parentes de pessoas acometidas pela meningite.
Maurício Araya/Imirante

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