Caso australiano traz à tona discussão sobre violência praticada entre Crianças e Adolescentes

Vítima de “bullying”, adolescente conta que não se arrepende de ter reagido à agressão
(Do Portal Pró-Menino)
vídeo veiculado no You Tube que mostra a reação do adolescente australiano Casey Haynes, vítima de bullying, gerou comentários e trouxe à tona a discussão sobre a violência praticada entre crianças e adolescentes. As imagens mostram o adolescente de 16 anos recebendo socos do colega Richard Gale. Após sofrer os golpes sem apresentar nenhuma reação, Casey agarra seu agressor e atira-o com força ao chão.
Em entrevista à rede australiana Channel Nine, o adolescente conta que há três anos sofre provocações de vários colegas por ser considerado obeso. “Não pensei em nada, apenas me defendi. Não me arrependo”, afirmou.
O “bullying” é a violência praticada por crianças e adolescentes no ambiente escolar, de forma intencional e repetida, e por meio de agressões físicas ou psicológicas a outros colegas. Em 90% dos casos, as vítimas não contam aos pais que sofrem da violência, conforme revelou a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, em entrevista ao programa Fantástico no  domingo 27/3. Dessa forma, o silêncio acaba dificultando a resolução do problema.
Além disso, os alunos acreditam que a escola não tem sido capaz de solucionar o problema.  Foi o que identificou um levantamento realizado em 2009 pela ONG Plan e pelo Centro de Empreendedorismo e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração (Ceats/FIA) com 5.168 estudantes de todas as regiões brasileiras.
A pesquisa indica que, embora os alunos defendam a idéia de que é dever da escola traçar estratégias de combate à violência, eles não acreditam que a direção tenha habilidade para solucionar esse problema e ressaltam que as ações não são satisfatórias.
Segundo os entrevistados, chamar a atenção e retirar da sala de aula são práticas comuns adotadas pelos docentes, mas não impedem a repetição da violência. 


Meu comentário: tenho acompanhado situações de riscos e de violência “explícita” em algumas escolas, aqui em Açailândia, e a “coisa” está realemnte muito feia, muito grave.
Todos e todas, governo e sociedade, temos “culpa” no cartório, não se pode culpar e jogar toda a responsabilidade na escola, em sua direção, seu professorado e corpo de serviços. Recon heça-se o esforço de muitas dessas escolas, entre as quais cito a  Jesus de Nazaré,Jurgleide Alves Sampaio e Tânia Leite em buscarem reduzir o “bullying” e tornar mais cortês, sociável  produtivo e sadio o ambiente escolar, mas vai depender de um esforço conjugado de muitas instituições, a começar da família, passando pelo governo (municipal, estadual,federal) e que “trabalhe” diretamente a Criança e a Adolescente, propiciando-lhe educação cidadã e oferecendo-lhes oportunidades de lazer, esporte, arte, cultura, formação religiosa, etc., etc.
Deixar só “nas costas da escola”, e chamar o Conselho Tutelar ou a  Polícia pode resolver um caso ou outro, mas enfrentar dignamente a situação vai demandar uma verdadeira política pública  de prevenção e combate ao “bullying” e violência escolar, que mexerá com toda nossa estrutura social.

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