A comitiva com
representantes de entidades empresariais estiveram com o presidente da
Infraero. Estatal deverá se posicionar em 48 horas sobre ampliação do aeroporto
da capital
Brasília – O atraso na
conclusão das obras do aeroporto de São Luís, Marechal Hugo da Cunha Machado,
levou uma missão empresarial maranhense à Brasília na manhã desta terça-feira
(24). Composta pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), e
representantes das principais entidades empresariais do Estado, a missão
reuniu-se com o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, na sede da empresa.
Na ocasião os
empresários entregaram uma carta manifesto, onde cobram soluções urgentes para
a finalização da reforma em questão e pede ainda um projeto de ampliação do
único e principal aeroporto da cidade.
“Trouxemos um
documento para subsidiar a Infraero do prejuízo de toda a ordem que o Maranhão
vem sofrendo em razão das péssimas condições do aeroporto e pedimos urgente a
ampliação dessa estrutura insuficiente, que já não suporta a movimentação atual
de passageiros que se destinam ao Maranhão”, registrou o presidente da Fiema,
Edilson Baldez das Neves, ao entregar a carta manifesto ao presidente da
Infraero.
Na presença de
representantes de entidades de classe e de sete deputados federais da bancada
maranhense, o presidente da Infraero, disse que vai participar do encontro em
São Luís proposto pelo empresariado, inclusive com a participação do
empreiteiro responsável pela obra do aeroporto, e possível participação do
Tribunal de Contas da União (TCU), para buscar uma solução definitiva para o
impasse.
O presidente da
Infraero, Gustavo do Vale prometeu ainda anunciar, em 48 horas, uma solução
para a ampliação do Marechal Hugo da Cunha Machado, que mesmo depois da reforma
pela qual passa, “já vai nascer pequeno”, como ele mesmo reconheceu.
“Estamos muito preocupados
com o andamento das obras e é prioridade absoluta da Infraero terminar aquele
aeroporto o mais rápido possível. Prejudica toda a sociedade maranhense, o
setor do turismo e a própria Infraero, porque a rigor, toda a parte comercial
também está prejudicada”, afirmou.
O gestor lembrou que
já esteve na Fiema, em São Luís, para tratar do caso e relatou que tem na
justiça federal um documento assinado com a empreiteira responsável pela obra,
na qual ela se compromete a cumprir toda a reforma até o dia 26 de maio, data
já condenada pelo empresariado maranhense, em visita recente ao canteiro de
obras do aeroporto, no bairro do Tirirical.
A bancada maranhense,
representada na reunião pelos deputados federais Ribamar Alves (PSB), Alberto
Filho (PMDB), Chiquinho Escórcio (PMDB), Costa Ferreira (PSC), Carlos Brandão
(PSDB), Davi Alves Silva (PR) e Sétimo Waquim (PMDB), foi firme nas colocações,
cobrando celeridade da Infraero quanto às pressões para o fim da obra. Um novo
encontro entre a missão empresarial e a bancada maranhense está agendado para
esta quarta-feira (25), às 17h30, na Câmara dos Deputados.
Imperatriz – Do
presidente da Infraero também foi cobrada uma data para a inauguração do
aeroporto de Imperatriz-MA, cujas obras já estão finalizadas. “Estamos
esperando os últimos detalhes de acabamento para marcar a inauguração da obra”,
disse Gustavo do Vale.
O empresário e
diretor da Fiema, Francisco de Assis Carvalho, levantou na reunião a
problemática sobre o aeroporto de Barreirinhas, que não possui autorização para
pouso de aeronaves. “Como fica a situação de Barreirinhas, que é um dos maiores
pontos turísticos do Maranhão”, perguntou.
O presidente da
Infraero também se incumbiu de entrar em contato com a Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) para tratar do assunto. “A Anac é que homologa os
aeroportos e me comprometi em verificar com o presidente quanto a esse processo
para que o aeroporto seja homologado e possa entrar em funcionamento”, disse
Gustavo do Vale.
Assinaram a
carta manifesto entregue ontem ao presidente da a Federação das Indústrias do
Estado do Maranhão (Fiema), Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (Fecomércio);
Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (Faema ); Serviço Brasileiro de
Apoio a Micro e Pequena Empresas (Sebrae); Associação Maranhense de
Distribuidores Atacadistas (Amda); Associação Brasileira da Indústria Hoteleira
(ABIH); Associação Brasileira
de Agentes de Viagem (Abav); Associação Maranhense de Supemercadistas (Amasp);
Associação Comercial do Maranhã (ACM); Câmara de Dirigentes Lojistas de São
luís (CDL-SL); Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurante e Similares (Sindihorbs
); Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon); Sindicato das
Empresas de Turismo do Maranhão (Sindetur); Sindicato da Indústria de
Construção Pesada (Sincopem); Universidade federal do Maranhão (Ufma); Giltur,
Convention Bureau e Hotel Luzeiros.
Por Ernesto Batista
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