A
Executiva Nacional do PSB, em sua última reunião antes das eleições, decidiu
destituir a Comissão Provisória Estadual do Maranhão para garantir o
apoio ao candidato da Frente de Esquerda em São Luís, Edivaldo Holanda, numa
chapa em que os socialistas indicaram o candidato a vice, Roberto Rocha. A
decisão foi política para manter orientações definidas anteriormente pela
Nacional.
Segundo o
vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, que presidiu a reunião, ela obedece à
determinação estatutária do partido, para rever o quadro de coligações e apoios
nas capitais e principais cidades antes das datas finais para registro
eleitoral.
Na
capital do Maranhão, São Luís, a Executiva já registrou no Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão uma nova Comissão Provisória para que esta
possa comandar o partido nas eleições de outubro.
Ao avaliar o resultado da
reunião para os jornalistas, Roberto Amaral foi categórico sobre a expectativa
criada em torno de uma eventual intervenção em Belo Horizonte: “Este foi um
ponto fora da pauta, pois, na medida em que o PT decidiu sair da aliança e
lançar candidato próprio, não havia mais o que discutirmos”, afirmou.
Amaral também comentou as
especulações de que a aliança nacional entre o PSB e o PT estaria comprometida
após as decisões do partido de lançar candidatos próprios em Recife e Fortaleza
e da saída do PT em Belo Horizonte. “A aliança nunca esteve comprometida, tanto
que estamos apoiando os candidatos do PT em cinco capitais – Goiânia, Rio
Branco, Salvador, Vitória e São Paulo, a maior cidade do país”, lembrou.
Segundo ele, indicar
candidatos próprios não significa rompimento nem dificuldade de relacionamento
entre os dois partidos, porque “as eleições municipais, ao contrário do que
pensa a imprensa, são de fato municipais” e o PSB não abre mão de seu dever
político que é disputar eleições. “Eleição municipal é mesmo um fenômeno
paroquial e, assim, sujeito à lógica da vida local, ou seja, muitas vezes em
distonia com o quadro nacional, daí vermos tantas alianças esdrúxulas país
afora”, compara Amaral.
O vice-presidente do PSB
destaca que somente em uma única cidade a coligação foi determinada pela lógica
nacional: São Paulo, onde o partido apóia incondicionalmente o candidato do PT,
Fernando Haddad. “Porque é a capital do Estado mais poderoso
economicamente do país, onde o ex-Presidente Lula faz política, onde as forças
de esquerda travam a maior luta contra a volta do neoliberalismo ao poder e,
ainda, onde concorre o principal quadro da direita – José Serra”, enumerou.
No restante do país,
enfatizou , trazer a discussão nacional para as eleições municipais não serve a
ninguém e é um desserviço para o Governo da Presidente Dilma discutirmos
sucessão ainda no meio de seu mandato. “Essa tese, na verdade, tem sido inflada
por aqueles que buscam desestabilizar a base fiel à Presidente Dilma”, avaliou.
“Não vai funcionar com o PSB”.
Portal PSB
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