O POVO DA ROÇA ESQUECIDO...

Passamos o carnaval no Assentamento Planalto I, com uma esticadinha ao Assentamento Novo Oriente, cerca de 75 quilometros do centro de nossa cidade de Açailândia-MA.

O ”povo da roça”, como sofre este povo, praticamente jogado á própria sorte...
Presença do governo quase não se faz notar e sentir, é na base da garra e da raça, do peito e da coragem, como se diz...
Energia elétrica é um drama, abastecimento d’água outro...
O posto de saúde mão funciona a tempos, parte foi transformado em sala de aula.


Aliás, o senhor João Luís Soares, Presidente do COMDIPE/Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, esteve na manhã do dia 10/03 na Secretaria de Saúde, buscando respostas a um pedido da comunidade do Assentamento, sobre o funcionamento do posto de saúde, e ouviu que ele só não está ativo por culpa da própria comunidade, que não está colaborando e cumprindo com um trato...


Pelo que entendi, a comunidade é que tem de fazer o posto de saúde funcionar, ou é o governo que tem de fazer isso, integralmente, para assistir a população?


A escola (Municipal São José), assim como oposto de saúde, têm os prédios, instalações e equipamentos em situação bastante precária: flagramos fiação de energia elétrica, ao alcance de Crianças, um perigo tremendo, em dois postes (o da escola, a do posto); o bebedouro da escola está todo danificado; as caixas d’agua estão destampadas, uma praia para a mosquitada da dengue...


Segundo a comunidade, o vice-prefeito Antonio Erismar de Castro e o Secretário de Educação, Professor Sergiomar Santos de Assis, e uma equipe da Secretaria de Agricultura estiveram por lá semanas atrás, mas de lá para cá, nada foi feito, fez foi piorar...


São 39- trinta e nove famílias, quase trezentos moradores, muitas Crianças,muitos/asAdolescentes... Vizinhos, outros Assentamentos, tão ou mais “enjeitados” quanto o Planalto I: Novo Oriente, “dos 13”, “Baianos”, Boa Esperança, João do Vale...


É o “interiorzão” desta Açailândia e deste Brasil, ainda preterido nas políticas públicas (que também não se consolidam nas cidades, nas áreas urbanas...).


Eduardo Hirata 

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